Terça-feira, 26 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 25 de novembro de 2024
O jantar realizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), em São Paulo, na noite do último sábado (23), gerou controvérsia ao deixar de fora importantes figuras políticas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro e o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten. A informação foi divulgada pelo blog da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
O evento, que marcou a 55ª Convenção Anual da Conib, foi prestigiado por diversas lideranças políticas e empresariais, especialmente da direita, mas gerou reações negativas entre os apoiadores de Bolsonaro.
Entre os presentes no jantar estavam os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Também marcaram presença o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Apesar de figuras de peso estarem no evento, a ausência de Bolsonaro e de sua ala mais próxima foi notada, gerando críticas por parte de empresários da comunidade judaica alinhados ao ex-presidente.
Esses empresários questionaram a decisão da Conib de não fazer menções a Bolsonaro e a seu filho Eduardo, especialmente considerando a proximidade de Eduardo com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o período em que Trump esteve na Casa Branca. Para essa ala, a ausência dessas figuras no evento foi um erro, considerando a importância da relação do Brasil com o governo Trump, além da contribuição de Bolsonaro para a comunidade judaica durante seu mandato.
A relação entre o presidente da Conib, Cláudio Lottenberg, e os bolsonaristas não é considerada boa, e remonta a um episódio durante a pandemia, quando Lottenberg teria se movimentado para ocupar o cargo de ministro da Saúde após a saída de Luiz Henrique Mandetta. No entanto, ele foi preterido devido à percepção de sua proximidade com o então governador de São Paulo, João Doria, um crítico de Bolsonaro.
Outro ponto que gerou críticas foi a ausência de Fábio Wajngarten no evento. Os empresários mencionaram sua atuação importante durante a tragédia de Brumadinho, em 2019, quando o ex-chefe da Secom ajudou a viabilizar o envio de ajuda de militares israelenses, além de sua contribuição para estreitar laços entre as lideranças de direita e os evangélicos.
No jantar, os governadores e ministros fizeram discursos, mas nenhum deles mencionou diretamente o nome de Bolsonaro. A ausência de qualquer referência ao ex-presidente, que foi indiciado na semana passada pela Polícia Federal no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, gerou ainda mais desconforto entre seus apoiadores.
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