Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025

Home Economia “A continuidade do desequilíbrio fiscal é a origem para a nova alta da taxa básica de juros”, afirma a Fiergs

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Ao avaliar a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de aumentar a taxa Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano, a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) afirmou que “a continuidade do desequilíbrio fiscal é a origem para a nova alta da taxa básica de juros”.

O aumento foi anunciado na quarta-feira (29), após a primeira reunião deste ano do Copom, comandada pelo novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Segundo a Fiergs, “o crescimento acelerado da relação da dívida com o PIB (Produto Interno Bruto), as incertezas sobre a sustentabilidade das contas públicas e a falta de medidas eficazes para restabelecer as expectativas ampliaram as pressões inflacionárias, impactando a taxa de câmbio e gerando reflexos na política monetária”.

O presidente da entidade, Claudio Bier, alertou para os impactos negativos que as elevações nos juros têm produzido no ambiente econômico. “A escalada da Selic tem sido muito prejudicial ao setor industrial e à economia como um todo”, afirmou Bier.

Ele apontou também a necessidade de maior esforço e disciplina na gestão dos gastos públicos, o que geraria um ambiente de maior confiança, “favorecendo o crescimento econômico e a competitividade do setor produtivo”.

Fecomércio-RS

A Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Sul) também avaliou o aumento da taxa Selic. “A decisão do Copom veio dentro do esperado. Em tempos de política fiscal frouxa, a política monetária muito apertada tenta fazer seu papel de segurar a inflação. Já passou da hora do governo endereçar as medidas fiscais corretas para a ancoragem das expectativas e fazer valer o enorme diferencial de juros que temos no câmbio. Em 2025, vamos experimentar uma taxa de juros real sufocante da atividade econômica e assusta pensar que isso pode não ser suficiente para vencer a inflação. É perigoso deixar a popularidade do governo ser o principal guia da política econômica, com foco estritamente no curto prazo. Política fiscal e monetária passam a intensificar a guerra de forças. E, com isso, todos perdemos”, disse o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.

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