Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Sem categoria A Marinha do Brasil tinha tanques prontos para o golpe, diz militar em mensagens; “Basta a canetada”, disse agente da Polícia Federal infiltrado na segurança de Lula

Compartilhe esta notícia:

Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam que o Almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, teria aderido ao plano golpista articulado durante o governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com o contato identificado como “Riva”, o almirante era considerado um aliado estratégico, descrito como “PATRIOTA”. Riva afirmou em mensagens que “tinham tanques no Arsenal prontos”, indicando uma possível preparação militar para apoiar o intento golpista.

Em resposta, o interlocutor sugere que Bolsonaro, referido como “01”, deveria ter tomado uma atitude mais decisiva com a Marinha, afirmando que, se isso tivesse ocorrido, “o Exército e a Aeronáutica iriam atrás”.

As mensagens reforçam a tese de que havia articulação militar entre setores das Forças Armadas para apoiar ações autoritárias que poderiam culminar em uma ruptura institucional.

O material faz parte das investigações que apontam o planejamento de um golpe de Estado por aliados de Bolsonaro, utilizando narrativas de fraude eleitoral como justificativa para medidas extremas.

A adesão de figuras estratégicas das Forças Armadas, como o Almirante Garnier, sugere que havia suporte logístico e militar para sustentar a ação golpista, caso ela fosse desencadeada. As revelações agravam as acusações contra os envolvidos e levantam novos questionamentos sobre o papel das Forças Armadas no contexto da tentativa de subversão democrática.

Tanques

Nomeado por Bolsonaro, Garnier assumiu o comando da Marinha em 9 de abril de 2021, servindo até o fim do mandato. Em agosto do mesmo ano, Garnier mandou blindados e outros veículos militares do Rio de Janeiro até o Palácio do Planalto a fim de entregar a Bolsonaro um convite para um exercício militar.

O “desfile”, em 10 de agosto, caiu no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados votaria — e derrubaria — a proposta do voto impresso.

Segundo o almirante, a Marinha já tinha definido a data do desfile quando Lira decidiu marcar a votação.

“Foi uma coincidência de datas, que nós não tínhamos como prever”, justificou Garnier. “Então talvez isso é que tenha criado todo um pouco de ruído, né? Porque, no final das contas, a gente, as Forças Armadas são extremamente cumpridoras da lei e da ordem”, afirmou o almirante.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Sem categoria

Grupo de nove procuradores vai analisar inquérito do golpe para definir denúncia da Procuradoria-Geral da República
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News