Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025

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As declarações dessa semana de Donald Trump, antes de tomar posse, somada as manifestações dos bilionários Elon Musk e Mark Zuckerberg, proprietários das empresas X e Meta, não podem ser taxadas de preocupantes. Foram assustadoras para aqueles que defendem a democracia.

A união das narrativas de ambos talvez só possa encontrar “explicação” no inesquecível dito de Leonel Brizola, um dos ícones do movimento trabalhista brasileiro. Os interesses. Para embasar isso vale voltar há quatro anos atrás.

Em janeiro de 2021, dono da Meta reconheceu caso ‘chocante’ no Capitólio para banir Trump do Facebook e Instagram sob a justificativa de que “o republicano usava as plataformas para perdoar a verdade em vez de condenar as ações… e que deixou as pessoas perplexas, com razão, nos EUA e em todo o mundo “.

Feito a lembrança, fica claro que o crescimento da extrema-direita reacionária não é um fato isolado no país americano. No Brasil vivenciamos recentemente ações de depredação e ataques às instituições que são defensoras do Estado de Direito e da democracia.

Aliás, essa combinação de poder político com poder econômico me faz pensar que mundo queremos? Que mundo precisamos ter? O discurso do presidente eleito dizendo que não descarta usar o exército para tomar o controle do Canal do Panamá, Groenlândia e afirmando que pode usar a força econômica do seu país contra o Canadá me faz crer que nem o melhor psiquiatra, ou psicólogo poderá mudar sua cabeça e daqueles que o apoiam.

Para chegar a essa conclusão basta ler o título do livro Como a Minha família Criou o Homem Mais Perigoso do Mundo. Ou algumas frases citadas na obra:
“…colocaria em risco a democracia norte-americana”, “incapaz de “sentir todo o espectro de emoções humanas”. Autora? Sobrinha dele, Mary Trump.

Voltando a fórmula predatória da democracia, poder político mais econômico, o avanço do Zuckerberg da ante sala para o salão já começou a abastecer a extrema-direita com sua decisão que permitirá aos usuários expressarem conteúdos de todos os tipos, incluindo insultos de caráter racista, homofóbico, transfóbico, xenófobo ou mesmo misógino.

Diante dessa lamentável realidade fico pensando, eles não se preocupam com o futuro da civilização? Será que eles só querem combater o direito das pessoas terem direito a democracia? Essa gigantesca quantidade de reacionários, para não dizer outra coisa, querem um retorno a um período obscuro como vivem alguns países ou nós já vivenciamos? É isso que eles querem?

Fico esperançoso com as declarações dos principais líderes europeus, França e Alemanha, que disseram com todas as letras” não vamos nos intimidar com as declarações de Trump”. Salve a democracia! Salve os direitos a ter direitos! Salve a evolução da sociedade!

*Gelson Santana Presidente do STICC e Secretário Nacional da Construção Civil UGT Brasil

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