Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 18 de setembro de 2022
Uma fotografia rara de um cometa que nunca mais será visto da Terra ganhou um prestigioso prêmio de fotografia. A imagem mostra um pedaço da cauda do cometa Leonard se partindo e sendo levado pelo vento solar. O cometa fez uma breve aparição próximo à Terra depois de ser descoberto em 2021, mas agora deixou o nosso Sistema Solar.
O Observatório Real de Greenwich, em Londres, realiza a competição de Fotografia de Astronomia do Ano e classificou a imagem como “surpreendente”. As imagens fazem parte de uma exposição no Museu Nacional Marítimo, em Londres.
“Os cometas parecem diferentes de hora em hora — são coisas muito surpreendentes”, explicou o fotógrafo vencedor Gerald Rhemann, de Viena, na Áustria.
A foto foi tirada em 25 de dezembro 2021 de um observatório na Namíbia, que abriga alguns dos céus mais escuros do mundo. Rhemann não tinha ideia de que a cauda do cometa se desconectaria, deixando um rastro de poeira cintilante atrás. “Fiquei absolutamente feliz em tirar a foto. É o ponto alto da minha carreira de fotógrafo.”
O astrônomo Ed Bloomer, que foi um dos juízes da competição, disse que a imagem é uma das melhores fotografias de cometas da história.
“A astrofotografia perfeita é a colisão da ciência e das artes. A foto vencedora não é só tecnicamente sofisticada e projeta o espectador no espaço escuro profundo, como também é visualmente cativante e emotiva”, descreveu Hannah Lyons, assistente de arte dos Museus Reais de Greenwich à BBC News.
Os juízes analisaram mais de 3 mil inscrições de todo o mundo.
Para a imagem vencedora na categoria Jovem Fotográfo de Astronomia do Ano, os chineses Yang Hanwen e Zhou Zezhen, ambos com 14 anos, trabalharam juntos para fotografar Andrômeda, uma das galáxias vizinhas mais próximas da Via Láctea.
A imagem mostra as cores impressionantes de uma galáxia que fica perto de nós. “Acho que esta foto mostra o quão lindo é o nosso vizinho mais próximo”, disse Hanwen.
A categoria Jovem Fotógrafo de Astronomia do Ano contempla apenas competidores menores de 16 anos. Lyons disse que ficou “deslumbrada” com a qualidade dos jovens fotógrafos, “que produziram as imagens mais notáveis”.
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