Domingo, 12 de Janeiro de 2025

Home em foco A quase dois anos das eleições de 2026, os governadores do PT enfrentam um cenário de pressão e brigas internas com suas bases pela montagem das chapas para o Executivo e Legislativo

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A quase dois anos das eleições de 2026, os governadores do PT enfrentam um cenário de pressão e brigas internas com suas bases pela montagem das chapas para o Executivo e Legislativo. As divergências dentro e fora da sigla do presidente Lula (PT) ocorrem na Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí.

No Rio Grande do Norte, o impasse é sobre o destino da própria governadora Fátima Bezerra, em segundo mandato. O caminho natural seria concorrer ao Senado, mas alas dentro do PT defendem caminhos diferentes devido à alta rejeição da governadora por conta de uma crise na saúde. O nome defendido é o da deputada federal Natália Bonavides, que nega o interesse em trocar de Casa.

A cabeça de chapa não é problema nos demais estados, já que Elmano de Freitas, Jerônimo Rodrigues e Rafael Fonteles serão candidatos à reeleição no Ceará, Bahia e Piauí, respectivamente. Mas a vaga de vice é usada como barganha entre aliados.

No Ceará, a base está numa disputa ferrenha pelo Senado — o deputado federal José Guimarães (PT) se apresenta ao mesmo tempo que o ex-senador Chiquinho Feitosa (Republicanos) e o deputado federal Eunício Oliveira (MDB). Duas vagas estarão em disputa.

Nos bastidores, petistas tentam convencer o senador Cid Gomes (PSB), um grande aliado do governo, a não concorrer a mais um mandato e oferecem como contrapartida a vaga de vice na chapa de Elmano a um de seus irmãos.

A corrida pelo Senado também é motivo de desavença na Bahia, onde Rui Costa e Jaques Wagner medem força. Na base governista, Wagner e Ângelo Coronel (PSD) querem concorrer à reeleição, o que atrapalharia os planos de Costa. Outros partidos aliados do governador também querem ser contemplados, a exemplo do PSB, MDB e até Progressistas.

No Piauí, Fontelles precisa montar um quebra-cabeça entre MDB, PSD e PT. Uma hipótese que agradaria o seu partido seria ter o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, na vice-governadoria, o que já foi descartado pelo próprio governador. Para o Senado, o petista mais interessado é o deputado Francisco Costa.

Acomodar em suas chapas partidos do Centrão é uma recomendação de Lula aos governadores a fim de evitar derrotas para o bolsonarismo.

Para a cientista política Mayra Goulart, da UFRJ, a estratégia cria desavenças internas porque a ala mais à esquerda do PT se opõe em se aliar à centro-direita. “Mas é preciso para evitar a fragmentação da base”, alerta.

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