Terça-feira, 22 de Outubro de 2024

Home Política Acidente doméstico de Lula vai evitar outra dor de cabeça na diplomacia, diz especialista

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O acidente doméstico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de semana, vai evitar “outras dores de cabeça” para o Brasil na diplomacia, na avaliação de Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Lula não pôde viajar a Kazan, na Rússia, para participar da 16ª Cúpula do BRICS. Como se fala nos corredores do Itamaraty: foi força maior e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) estará lá com poder para negociar e contatar o presidente em caso de assuntos espinhosos. Entretanto, a foto do primeiro encontro presencial de Lula com o presidente russo Vladimir Putin foi adiada.

“No formato proposto, Rússia e China querem dar visão muito coligada contra o mundo ocidental. O aperto de mãos poderia gerar forte tensão com Washington. Não é momento para isso”, avalia Trevisan. Entre os temas da cúpula está a desdolarização. O ex-presidente e candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, por exemplo, já avisou que pretende punir quem adotar esse caminho.

O professor também destaca o peso de um encontro direto de Lula com o presidente do Irã neste momento. “É claro que o Brasil já avançou demais no Oriente Médio e teve suas razões em relação às distâncias com Israel. Mas seria ultrapassar uma linha vermelha”.

Trevisan ressalta, ainda, que China e Índia querem incluir Nicarágua e Venezuela no BRICS. “Para o Brasil isso não tem interesse algum. O Brasil praticamente rompeu com a Nicarágua e esfriou com a Venezuela”.

Entenda a lesão

O médico pessoal de Lula, Dr. Roberto Kalil Filho, que o atendeu no Hospital Sírio-Libanês de Brasília, explicou que o presidente sofreu um traumatismo craniano, causado pela batida na parte de trás da cabeça.

De acordo com o boletim médico divulgado pela presidência, o chefe do Executivo sofreu um “ferimento corto-contuso em região occipital”, área localizada na parte de trás da cabeça.

“Essa é uma lesão caracterizada por um trauma que envolve tanto corte quanto contusão do tecido. Geralmente, ocorre quando há um impacto que resulta em laceração da pele e do tecido subjacente, frequentemente com a presença de um hematoma. No caso do crânio, é comum que o hematoma esteja localizado na região subgaleal (por cima do osso, mas abaixo do tecido subcutâneo), coloquialmente chamado de ‘galo’”, explica André Gentil, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein.

Kalil explicou que Lula chegou ao hospital com um traumatismo craniano, mas que está bem. “O ferimento precisou de pontos. Fizemos tomografias e ressonâncias, que mostraram um pequeno sangramento na região temporal, na frente da cabeça. Isso ocorre porque, em quedas, o contragolpe pode lesionar a parte frontal”, explicou o especialista.

O médico pessoal de Lula destacou que, apesar do impacto, o presidente não perdeu a consciência. “Ele não desmaiou, não escorregou, nem nada disso”, disse.

Um traumatismo craniano acontece como resultado de um golpe violento ou batida forte na cabeça. De acordo com a Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos da área de serviços médicos e de pesquisas médico-hospitalares, localizada nos Estados Unidos, as lesões cerebrais causadas por esse tipo de acidente podem afetar as células do cérebro temporariamente ou, em casos mais graves, podem resultar em hematomas, ferimentos, sangramentos e outros danos físicos ao cérebro.

As causas mais comuns para esse tipo de traumatismo incluem quedas, colisões relacionadas a acidentes de trânsito, violência, lesões esportivas ou explosões.  (AE)

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