Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024

Home Cláudio Humberto Acordo entre MDB e União em SP envolve a Câmara

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Caciques do MDB e do União Brasil aproveitaram festa de aniversário de Luís Tibé, presidente do Avante, para azeitar a aliança dos partidos entorno do nome de Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição para prefeito de São Paulo, e, de quebra, costurar apoio para Elmar Nascimento (União-BA) suceder a Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. A movimentação foi vista entre deputados como sinalização de que Elmar é o nome mais forte na disputa na Câmara.

Caciques em campo
Medalhões dos partidos, como Baleia Rossi, presidente do MDB, e o próprio Elmar entraram em campo para a costura entre as siglas.

Em jogo
Ao União Brasil, interessam os 44 votos que o MDB teria na sucessão de Arthur Lira. Já o MDB quer o apoio do União na eleição em São Paulo.

No jeitinho
Provável acordo deve ser anunciado com cuidado para que não soe que o presidente municipal do União, vereador Milton Leite, foi atropelado.

Pendenga
Há ainda outra questão para o União Brasil resolver: a eventual candidatura de Kim Kataguiri, que também quer disputar a prefeitura.

‘CPI do Arrozão’ empaca e deve ser esquecida
⁠Está parado na Câmara há mais de um mês o pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o suspeitíssimo leilão de arroz inventado pelo governo Lula (PT) para “ajudar o Rio Grande do Sul”, que foi suspenso após denúncias de fraude e favorecimento. A proposta precisa de 171 assinaturas, um terço do total de parlamentares da Casa, mas congelou em 157. A expectativa dos deputados é de que a CPI do Arrozão seja “esquecida na gaveta” e atropelada pelas eleições.

Deu certo
Há um mês, a oposição a Lula já denunciava ameaças do governo contra parlamentares de partidos como o União Brasil, PP, MDB etc.

Quid pro quo
Em ano eleitoral, o governo avisou que não iria pagar emendas de deputados federais que apoiassem a investigação do leilão do arroz.

Provável
Autor do pedido da ‘CPI do Arrozão’, o deputado Luciano Zucco (PL-RS) teme que o governo petista ainda retome a ideia este ano.

Explica aí
O ministro Rui Costa (Casa Civil) terá que explicar à Câmara a viagem que Lula fez à Cuba em 2023. Alfredo Gaspar (União-AL) quer saber se tem relação com negócios fechados pelo filho do presidente na ilha.

Tudo estranho
O TSE avisou, há 50 dias, que não enviaria observadores à Venezuela para a eleição. Semana passada mudou de ideia, vai mandar dois. Cinco dias depois, Lula anunciou como observador o assessor Celso Amorim.

Ver para crer
Confirmada pesquisa do Instituto Delphos, o ditador venezuelano Nicolás Maduro deve perder de lavada nas eleições de domingo (28): 60% das intenções são para o opositor (único que sobrou) Edmundo González.

E a culpa?
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não perdoou evento flopado de Guilherme Boulos e Lula, em São Paulo, e quis saber se o petista culparia Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, pelo fiasco.

Conta não fecha
A equipe econômica de Lula segue com problemas de matemática. O déficit primário previsto em março era de R$9,3 bilhões, que subiu para R$14,5 bilhões em maio e, ontem (22), disparou para R$28,8 bilhões.

Vice na vice
A primeira pesquisa nacional (Forbes/HarrisX) nos EUA após Joe Biden desistir de concorrer à reeleição aponta vantagem de seis pontos de Donald Trump sobre a provável candidata, Kamala Harris (53% a 47%).

Difícil acertar
Ditos analistas de mercado diziam esperar queda na inflação por suposta “desaceleração nos preços de alimentos e bens industriais”. Resultado: o Boletim Focus aumentou a previsão da inflação de 2024 para 4,05%.

Já não pode
O deputado Gilson Marques (Novo-RS) lidera movimento para criar a “PEC Anti-Taxad”, proposta para incluir na Constituição a proibição ao governo federal de editar medidas provisórias para aumentar impostos.

Pensando bem…
…apelido que pega é taxativo.

PODER SEM PUDOR
Sem voto, nem papo
Delfim Netto lutava para que o general Ernesto Geisel o nomeasse governador de São Paulo, em 1978. O ministro Petrônio Portela, articulador político do governo, chamou Delfim para uma conversa: “É decisão tomada: você não pode ser o governador de São Paulo”, disse. “Mas isto é uma violência. Tenho sete anos de serviços prestados à revolução. Não posso aceitar este veto”, contestou Delfim. “Muito mais serviços à revolução, mais do que você ou eu, prestou o Carlos Lacerda. E foi tirado de campo”, encerrou Portela.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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