Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2025

Home Política Advogado de Bolsonaro se reúne com o presidente do Supremo após denúncia sobre plano golpista

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O advogado criminalista Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro, vai pedir a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo do ex-presidente. Vilardi confirmou as informações após uma reunião, na segunda-feira (25), em Brasília, com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.

O advogado disse ter feito petições ao ministro, mas não deu maiores detalhes. Celso Vilardi também comentou sobre os novos áudios divulgados pela Polícia Federal que mostram militares discutindo a trama golpista em 2022.

As mensagens revelam que o objetivo era questionar o resultado das eleições e convencer militares de alta patente a participarem do golpe. Em alguns trechos, eles dizem que o ex-presidente sabia da trama e que foi pressionado a não desistir das ações.

Mas, segundo o advogado Celso Vilardi, as falas não complicam a situação de Bolsonaro. Vilardi adiantou que ainda não teve acesso a todas as mídias e precisa analisar o conteúdo dentro de um contexto e não em frases separadas.

no inquérito sobre o suposto plano golpista, terá uma audiência nesta segunda-feira às 15 horas com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. A informação consta da agenda oficial do ministro divulgada hoje.

O encontro ocorreu uma semana após o ex-presidente ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter “liderado” uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado no fim de 2022. Bolsonaro foi acusado dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e organização criminosa.

Na quinta-feira passada, o ministro do STF Alexandre Moraes, que preside o inquérito sobre a trama, negou um pedido da defesa de Bolsonaro para aumentar o prazo de resposta à denúncia, de 15 para 83 dias – o tempo que a PGR teve para analisar o relatório da Polícia Federal e formular a acusação. Vilardi e outros advogados do ex-presidente alegaram que não tiveram acesso integral às provas – o que foi refutado por Moraes.

A defesa do ex-presidente adotou uma estratégia de contestar as provas obtidas por meio da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Enquanto tentam adiar o tempo para apresentar uma resposta, os advogados devem explorar possíveis falhas na denúncia.

O advogado Celso Vilardi questionou a forma como os depoimentos de Cid foram colhidos por Moraes e afirmou que houve mudança de versões. A colaboração foi negociada com a PF e homologada por Moraes em 2023. Com informações dos portais de notícias Agência Brasil e O Globo.

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