Sábado, 23 de Novembro de 2024

Home Política Advogados de Roberto Jefferson dizem que foram barrados em presídio

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Os advogados do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) voltaram a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (25), para reclamar que teriam sido impedidos de visitá-lo no presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio.

A defesa diz que a explicação dada pela administração da cadeia foi a de que o STF não autorizou a entrada sem autorização judicial.

Os advogados pedem ao ministro Alexandre de Moraes que notifique com urgência o diretor de Bangu para liberar o acesso ao ex-deputado e citam risco de abuso de autoridade.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já havia pedido ao STF “autorização expressa” para o ex-deputado receber os advogados na cadeia.

Moraes esclareceu que “obviamente” a ordem que restringiu as visitas a Roberto Jefferson, inclusive de líderes religiosos, familiares e advogados, não inclui a defesa dele.

“Obviamente, a decisão não se refere aos advogados do réu, regularmente constituídos e com procuração nos autos”, escreveu Moraes.

Audiência de custódia

Na audiência de custódia do ex-deputado Roberto Jefferson, preso após atirar contra policiais federais, o promotor representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) disse que a instituição negociava com a Polícia Federal e autoridades a transferência do político para hospital psiquiátrico, sem mencionar exames que justificassem a medida.

Também na audiência, Jefferson voltou a proferir ofensas do mais baixo nível contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo, a exemplo do que já havia feito na sexta-feira (21).

Participaram da audiência de custódia, além de Jefferson, seus advogados e a PGR, um juiz auxiliar do STF. O magistrado manteve Jefferson preso em prisão comum e não se manifestou sobre hospital psiquiátrico.

Jefferson foi preso no domingo (23). Um primeiro mandado de prisão contra ele, assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, levou policiais federais para a porta da casa do ex-deputado, no interior do Rio de Janeiro, no início da tarde.

Moraes havia decidido revogar a prisão domiciliar de Jefferson, investigado por suposto envolvimento com organização que ataca o Estado Democrático de Direito. Moraes considerou que Jefferson descumpriu repetidas vezes as regras da prisão domiciliar e decidiu mandá-lo para o presídio.

Jefferson recebeu os agentes da PF com tiros de fuzil e granadas. Dois policiais chegaram a se ferir, foram levados ao hospital, mas passam bem.

Em seguida, Moraes mandou prender o ex-deputado novamente, dessa vez também em razão da agressão ao policiais.

Em relatório enviado ao STF, a PF informou que apreendeu com Jefferson mais de 7 mil cartuchos de munição compatíveis com armas como pistolas e fuzis. Foram recolhidos ainda 3 fuzis.

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