Sábado, 11 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 10 de janeiro de 2025
A alta das vendas do varejo restrito em 2024 pode ser a maior em mais de dez
anos, mostram os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelos resultados até novembro, o
aumento acumulado é de 5% em 2024 e de 4,6% em 12 meses.
No caso da manutenção de um cenário semelhante em dezembro, afirma o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o resultado de 2024 pode ser o maior desde 2013, quando subiu 4,3%, ou desde 2012, quando avançou 8,4%.
“A taxa pode voltar até 2013 ou 2012. A partir de 2016, o varejo chega no máximo a um aumento de 2,3%, que foi em 2018”, diz.
O ano de 2020 foi de alta de 1,2% do varejo, a despeito da pandemia, por causa da rápida retomada após o fim do primeiro período de isolamento social. Em 2021, o aumento foi de 1,4%, seguido por taxas de crescimento de 1% em 2022 e 1,7% em 2023.
Inflação
A inflação brasileira acelerou para 0,52% em dezembro e fechou o ano de 2024 com alta de 4,83%, acima do teto da meta. O preço dos alimentos foi o que mais pressionou o indicador e deve voltar a ser o vilão em 2025, segundo analistas. O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nessa sexta-feira (10) pelo IBGE.
Os números vieram em linha com a expectativa de analistas, que projetavam 0,54% em dezembro e 4,86% no ano. Em 2023, a inflação acumulada foi de 4,62%, depois de alta de 5,79% em 2022.
Com o resultado, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, deve apresentar hoje uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elencando as razões para a inflação ter ficado acima do teto da meta. Essa é a oitava vez que a meta é descumprida desde a criação do sistema de metas, em 1999.
O centro da meta para 2024 era 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%). A carta de Galípolo irá mencionar quais foram e quais serão as próximas medidas do BC para trazer o IPCA para a meta.
O grupo alimentação e bebidas foi o que teve o maior impacto sobre a inflação no ano, com alta de 7,69%.
Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, condições climáticas adversas ao longo de 2024 no Brasil e no mundo, com cheias em alguns lugares e secas em outros, estão por trás da forte alta dos alimentos. Segundo analistas, a pressão deve permanecer em 2025.
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