Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de janeiro de 2025
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nessa quarta-feira (29) que o governo estuda incentivar produtos específicos com taxas de juros mais baixas no Plano Safra 2025.
“Já que não vamos ter um orçamento que pode ter taxas de juros muito atrativas para todo o Plano Safra, em virtude da Selic tão alta, vamos ver o que que é importante: arroz, feijão, hortifruti. Ser mais estimulado para o produtor fale assim: ‘olha, ao invés de plantar isso, plantar aquilo, o que vai ter mais estímulo eu vou produzir mais.’ E isso ajuda a conter a inflação”, declarou.
De acordo com o ministro, a taxa diferenciada por cultivo já existe no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), administrado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário.
“Nós vamos estudar como poderia fazer isso também para o Pronamp [Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural]. Mas é incipiente, estamos começando a estudar”, disse.
Fávaro conversou com jornalistas depois de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nessa quarta-feira (29).
A alta da taxa básica de juros, a Selic, representa um desafio para o governo subsidiar a produção agrícola a juros mais baixos. Nesta quarta-feira (29), a taxa aumentou novamente – com o novo patamar em 13,25% ao ano.
O ministro também mencionou a possibilidade de ampliar a utilização das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para financiamento da produção.
Fávaro mencionou a captação de recursos internacionais, com leilão “nos próximos meses”. O ministro levantou a possibilidade de captar os recursos para custeio, aliado a boas práticas ambientais.
A reunião com o Ministério da Fazenda deve ter continuidade na quinta-feira (30), com participação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Taxa de importação
O ministro disse que o governo ainda analisa a possibilidade de reduzir a taxa de importação para alguns produtos, diante da alta no preço dos alimentos.
“Caso tenha possibilidade, sem afetar a produção interna, mas que garanta estabilidade”, declarou. E completou: “A gente pode tomar medidas assim, se tiver oportunidade e não afetar a produção interna no Brasil”.
Fávaro destacou que o governo não vai tomar medidas “pirotécnicas” em relação ao preço dos alimentos, apenas ações “pontuais”.
“Uma medida concreta é que vamos ter supersafra. ‘Ah mas é o óbvio’. Que bom, né, que é o óbvio! Será que essa super afra não é porque fizemos um Plano Safra bastante generoso, que estimulou a produção? E podemos fazer melhor, fazer mais, isso é medida concreta”, afirmou. As informações são do portal de notícias G1.
No Ar: Pampa Na Tarde