Domingo, 24 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 14 de outubro de 2021
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) nomeou a diretora técnica Daniela Kinoshita Ota para acompanhar a operadora de saúde Prevent Senior.
A medida foi publicada nesta quinta-feira (14) no Diário oficial da União pelo diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, órgão vinculado do Ministério da Saúde.
A instauração do regime especial considera “as anormalidades administrativas e assistenciais graves que colocam em risco a continuidade e a qualidade do atendimento à saúde dos beneficiários” segundo a resolução.
Há denúncias de que a operadora testou remédios comprovadamente ineficazes em pacientes com Covid e omitiu a doença em atestados de óbito .
Segundo Rebello, o diretor técnico não terá poder de gestão, mas acompanhará as atividades da Prevent e poderá pedir informações.
Rebello foi convocado a prestar depoimento para explicar eventuais ações tomadas pela ANS diante de denúncias envolvendo a Prevent durante a pandemia, na semana passada.
Segundo o diretor da ANS, a agência tomou conhecido das denúncias envolvendo a Prevent por meio da CPI.
A versão, no entanto, contradiz informações da própria CPI. Segundo o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a ANS foi avisada em 2020 das denúncias sobre a Prevent.
O que diz a Prevent
O diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Junior, prestou depoimento à CPI em setembro deste ano.
Aos senadores, Batista Junior admitiu que a operadora:
Investigações em SP
Dirigentes e médicos da rede de planos de saúde são investigados pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil por suspeita de terem cometido três crimes contra as vítimas: homicídio, falsidade ideológica e omissão de notificação de doença obrigatória às autoridades.
O advogado Tadeu Frederico de Andrade, de 65 anos, que foi paciente da Prevent, deverá ser ouvido nesta quinta. Ele teve coronavírus e tomou o kit Covid. Ouvido em Brasília pela CPI, Tadeu falou que teve complicações ao tomar os remédios. Além disso, afirmou que a empresa cometeu uma série de irregularidades durante seu tratamento.
A expectativa dos promotores é a de que Tadeu confirme ao MP o que disse à CPI e possa dar mais detalhes sobre as supostas ilegalidades cometidas pela operadora.
De acordo com a força-tarefa do MP-SP, serão chamados para depor ao menos 21 pacientes ou familiares de pacientes e, no mínimo, quatro médicos. Os depoimentos ocorrerão no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital, e poderão ser presenciais ou virtuais, dependendo da preferência de cada testemunha.
O Ministério Público e o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, investigam a Prevent Senior por suspeita de que seus diretores e médicos possam ter cometido:
A força-tarefa também apura se, mesmo após a ineficácia desses remédios contra a doença ter sido comprovada cientificamente ainda no ano passado, a empresa continuou a distribuir os kits a seus pacientes.
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