Domingo, 24 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 1 de fevereiro de 2024
No dia 6 de dezembro de 2010, Liliane e Françoise se reuniram para encerrar uma batalha judicial que se arrastava havia três anos. Liliane assinou um documento em que reconhecia uma “ordem de proteção futura”.
O instrumento a impedia, a partir de então, de dispor de seus bens como entendesse. Em troca, ela conseguiu que François-Marie Banier – um fotógrafo gay por quem se apaixonara e para quem chegou a doar 1 bilhão de euros – fosse autorizado a ficar com os generosos repasses.
Na ocasião, Jean-Pierre Meyers, marido de Françoise e detestado genro de Liliane, foi nomeado CEO da Téthys, a holding familiar, e da Clymène, encarregada de gerir os bilhões gerados pela gigante dos cosméticos. A transmissão de poder foi descrita, linha por linha, por um advogado de renome, Pascal Wilhelm, num clima de desconfiança total e recíproca.
Quatorze anos depois, 16 pessoas sentam-se hoje à mesa do conselho da L’Oréal. Mas apenas um trio concentra todos os olhares: Françoise e seus dois filhos. Desde o escândalo com a mãe, a atual mulher mais rica do planeta buscou “se esconder” da vida pública.
Muitas vezes vestida com uma calça tailleur preta, um grande sorriso costuma iluminar aquela beleza austera, totalmente afastada da estética publicitária das musas da empresa da qual é a principal acionista.
Ao não levar o nome da mãe, seus dois filhos escaparam do peso que ela carrega nas costas. O mais velho, Jean-Victor Meyers, de 38 anos, anda pelo mundo com seus 1,95 metro de elegância. Ele é simpático e educado. É uma pessoa que você pode conhecer sem necessariamente identificar em desfiles de moda ou noites chiques onde os meios de publicidade, cultura e luxo se misturam.
O seu breve currículo menciona uma licenciatura em Economia na Universidade de Nanterre, nos arredores de Paris, complementada com um diploma do Instituto Superior de Gestão e cursos de negócios e finanças em geral, oferecidos por duas caríssimas universidades americanas.
Há cerca de dez anos, este apaixonado pela arte e design contemporâneo, com um amigo, lançou a sua marca de vestimentas de caxemira e couro, denominada Exemplaire. Jean-Victor agora se interessa por perfumes.
Membro do conselho de administração da L’Oréal desde 2012, na cadeira ocupada pela avó, criou também a Constantine Capital. A sociedade de investimentos de 30,1 milhões de euros aplicou recursos essencialmente na Exemplaire, segundo o jornal Le Monde.
Nicolas, seu irmão mais novo, é sério e moreno, como sua mãe, com quem muito se parece. Preside também uma pequena empresa, a Lille Capital, “especializada no setor de atividade holding”, segundo o registro comercial, que cita um organograma de “entre um e dois trabalhadores”. Seus amigos dizem que ele se interessa por relógios, arte e números.
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