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Por Redação Rádio Pampa | 9 de agosto de 2022
O mês passado foi um dos “julhos” mais quentes já registrados no mundo, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada da ONU. Em um comunicado à imprensa, a entidade explica, citando dados do Copernicus Service sobre mudanças climáticas, que o último mês foi um pouco mais frio que julho de 2019, mas um pouco mais quente que julho de 2016.
“O mundo acaba de ter um dos três julhos mais quentes já registrados. E, como todos sabemos, uma onda de calor muito longa e intensa afetou diferentes partes da Europa”, disse a porta-voz da OMM, Clare Nullis, em entrevista coletiva.
De acordo com a entidade, julho de 2022 só não ficou no “topo do pódio” porque algumas regiões do planeta registraram temperaturas abaixo da média, como no oeste do Oceano Índico, do “chifre” da África ao sul da Índia, em grande parte da Ásia Central e na maior parte da Austrália.
“Mas a diferença entre esses três meses é realmente muito pequena”, disse Nullis. “O desvio é menor que a margem de erro.”
Em geral, a temperatura registrada no último mês superou em 0,4°C a registrada no mês de julho durante o período de referência, entre 1991 e 2020. E isso ocorrendo mesmo com a presença do fenômeno natural La Niña, que, segundo a OMM, “deveria ter um efeito de resfriamento”.
No mês passado, o órgão pediu aos líderes mundiais que “acordem” para ondas de calor como a que a Europa está enfrentando atualmente, que devem se tornar mais frequentes devido às mudanças climáticas pelo menos até a década de 2060.
Algumas regiões do mundo estão passando por secas severas. De acordo com a OMM, o mês de julho passado também foi mais seco do que a média em grande parte da Europa, na maior parte da América do Norte, na América do Sul, na Ásia Central e na Austrália.
Por outro lado, condições mais úmidas do que a média foram registradas no leste da Rússia, norte da China e uma ampla faixa que se estende do leste da África ao noroeste da Índia em toda a Ásia.
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