Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024

Home Cinema Associação de Exorcistas condenam filme em que Russel Crowe interpreta padre

Compartilhe esta notícia:

A Associação Internacional de Exorcistas criticou o filme de terror “O exorcista do Papa”, estrelado por Russel Crowe, que estreou no último dia 6 de abril. Baseados no trailer, segundo o jornal “The Guardian”, a associação disse que é um “filme sangrento não confiável”.

Dirigido por Julius Avery, o filme é inspirado nos arquivos do padre Gabriele Amorth, interpretado por Crowe e conhecido como o exorcista chefe do Vaticano. Enquanto investiga a posse de um jovem, ele descobre que durante séculos no Vaticano tentaram esconder a verdade.

Num comunicado divulgado no mês passado, a Associação Internacional de Exorcistas disse que o título do filme é pretensioso e o enredo, conspiratório, traz uma “dúvida inaceitável” sobre quem é “o verdadeiro inimigo, se o diabo ou o poder eclesiástico”.

Morto em 2016, o padre Amorth ajudou a fundar a associação, em 1994, época do papado de João Paulo II, que inicialmente esnobou o grupo.

A história

Quando criança, Gabriele Amorth costumava ir à missa aos domingos levado pelos pais em Modena, cidade onde nasceu, a 330 quilômetros de Roma. Mas, em vez de prestar atenção à homilia do padre, gostava de brincar de esconde-esconde pela igreja.

Sua mãe até tentava convencê-lo a ficar quieto, mas não adiantava. Só passou a fazer silêncio quando a mãe ofereceu, como prêmio por bom comportamento, um doce.

O que ela não podia imaginar é que, um dia, aquele garoto travesso se tornaria o exorcista mais requisitado do mundo.

No filme O Exorcista do Papa, adaptado por Julius Avery a partir de dois de seus livros – Um Exorcista Conta (1990) e Novos Relatos de Um Exorcista (1992) –, o personagem-título é interpretado por Russell Crowe.

“Quem melhor do que o gladiador para enfrentar o diabo de igual para igual?”, brinca um dos produtores do longa, Michael Patrick Kaczmarek.

Em O Último Exorcista (Ecclesiae, 2012), escrito em parceria com o jornalista italiano Paolo Rodari, Gabriele Amorth (1925-2016) compara o ritual a uma batalha.

Antes de enfrentar seu oponente, costumava fazer um ato de contrição e, em seguida, vestir sua armadura – uma estola roxa, mais longa do que a usada na missa. Logo no início do ‘combate’, gostava de colocar uma das abas do paramento sobre os ombros da pessoa a ser exorcizada.

Na Roma Antiga, os gladiadores ganharam esse nome por usarem gládios: espadas curtas e de dois gumes. O gládio do exorcista é o crucifixo. O de Amorth trazia a medalha de São Bento.

Mas, se os gladiadores usavam outras armas, tanto de defesa (como redes e escudos) quanto de ataque (lanças e tridentes), os exorcistas também dispõem de outros sacramentais, como a água benta e o óleo santo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Cinema

O que pode acontecer com o organismo de homem que vai viver 100 dias debaixo da água
Aos 61 anos, homem com câncer de mama teve sintomas iguais aos da menopausa no tratamento
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Show de Notícias