Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de outubro de 2022
O asteroide que foi atingido pela espaçonave Dart da Nasa agora está sendo seguido por milhares de quilômetros de detritos resultantes do impacto. Astrônomos capturaram a cena a milhões de quilômetros de distância com um telescópio no Chile. A observação, que ocorreu dois dias após o teste de defesa planetária do mês passado, foi divulgada recentemente em um laboratório da Fundação Nacional da Ciência, no Arizona.
A imagem mostra uma cauda em expansão, semelhante a um cometa, com mais de 10 mil quilômetros de comprimento, constituída por poeira e outros materiais expelidos da cratera de impacto. O material está se distanciando do asteroide, em grande parte por causa da pressão da radiação solar, disse Matthew Knight, do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, que fez a observação junto com Teddy Kareta, do Observatório Lowell, usando o Telescópio de Pesquisa Astrofísica do Sul.
Os cientistas esperam que a cauda fique ainda mais longa e se disperse ainda mais, tornando-se tão tênue que a um ponto será indetectável. “Nesse ponto, o material será como qualquer outra poeira flutuando ao redor do sistema solar”, disse Knight em um e-mail na terça-feira (4). Mais observações estão planejadas para determinar quanto e que tipo de material foi lançado do asteroide Dimorphos, que, com 160 metros, é uma lua de um asteroide maior, o Didymos.
Lançada há quase um ano, a espaçonave Dart da Nasa foi destruída na colisão frontal. A missão de US$ 325 milhões para desviar a órbita do asteroide foi concebida como um ensaio geral para o dia em que uma rocha fatal venha em direção à Terra. De acordo com a Nasa, Dimorphos e sua rocha companheira nunca representaram uma ameaça para a Terra e continuam sendo inofensivos.
Em 2024, a nave Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA), visitará o aglomerado para analisar a colisão com mais detalhes. A missão utiliza elementos de energia cinética e será avaliada também sua capacidade de repetição para que seja estabelecida como uma técnica sólida.
O alvo da Nasa nunca teve risco de causar um “armaggedon” em si. No entanto, são conhecidos atualmente cerca de 25 mil asteroides próximos ao planeta, em escala espacial, que representam ameaça, mesmo com chances baixas – e isso é somente 40% do que pode ser o número total.
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