Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de agosto de 2022
Um asteroide recém-descoberto, do tamanho de dois campos de futebol, passou próximo da Terra.
Batizada de 2022 OE2, a rocha foi descoberta no final de julho e chegou a uma distância mínima de 5,1 milhões de km, mais de 13 vezes a distância entre a Terra e a Lua.
O impacto do asteróide na Terra liberaria energia equivalente a mil bombas nucleares. Mas calma, não há motivo para pânico. Isso porque o astro, apesar de estar “próximo” em termos de distâncias astronômicas, ainda está muito, mas muito longe de colidir com o nosso planeta, de acordo com informações da NASA.
O asteroide é da classe Apollo, nome dado àqueles que orbitam o Sol e cujo caminho pelo espaço frequentemente intersecta a órbita da Terra. Mais de 15 mil objetos como este são conhecidos e monitorados pelas agências espaciais.
Segundo a NASA, não há nenhum risco de impacto de um dos asteroides conhecidos com a Terra nos próximos 100 anos. Mas vale frisar o “conhecidos”: estamos descobrindo novos objetos o tempo todo, e muitos deles vem de “pontos cegos” como na direção do Sol, onde não podem ser detectados pela maioria dos telescópios.
Para efeitos de comparação, no dia 7 de julho o asteroide 2022 NF passou a apenas 90 mil quilômetros de distância de nós, uma distância muito menor que o atual, e ainda assim segura. Por tanto, sem pânico, não é hoje que seremos destruídos por um asteroide.
Mas você deve estar pensando: se esses asteroides estão tão distantes de nós, qual a importância de manter o monitoramento deles? Apesar da distância, podem ocorrer mudanças de rotas inesperadas, como a colisão com outro asteroide ou a influência da gravidade de outro planeta. Esse cenário também é visto como extremamente improvável, mas potencialmente catastrófico.
Por isso a NASA desenvolveu e lançou, em setembro de 2021, a missão DART, ou “Double Asteroid Redirection Test”. Ela irá testar um novo conceito para evitar uma potencial colisão entre um asteroide e a Terra: em vez de destruir a rocha, como muitos sugerem, a ideia é enviar uma espaçonave para colidir em baixa velocidade com ela, dando um “empurrão” que mudará sua órbita e evitará o impacto. Isso, claro, se conseguirmos descobrir e chegar até ela a tempo.
O teste será feito colidindo a espaçonave DART contra Dimorphos, um asteroide de 160 metros de comprimento que orbita outro maior chamado Didymos, com 780 metros. E eficácia do impacto e a alteração na trajetória de Dimorphos serão acompanhados de perto por um cubesat europeu chamado LICIACube, e remotamente aqui da Terra, permitindo aos cientistas saber se o plano deu certo.
No Ar: Pampa Na Tarde