Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 1 de fevereiro de 2022
A Estação Espacial Internacional (ISS) tem um odor, digamos, “peculiar”. Pelo menos é o que diz o astronauta da Nasa (agência espacial norte-americana) Victor Glover, em entrevista ao ator Tom Cruise na edição mais recente do podcast “The Body in Space”, da agência espacial. Cruise fez uma parceria com a SpaceX em 2020 para viajar à ISS e gravar um filme no espaço, embora isso ainda não tenha data para ocorrer. Por isso, estava curioso sobre a experiência de decolar em um Falcon 9 e viver na estação espacial por algum tempo.
“Quando você chega à estação espacial é quando você nota o odor mais forte porque você fica saturado, e depois se acostuma com ele, mas era uma combinação interessante”, disse Glover ao ser perguntado sobre o ambiente na estação.
“E o cheiro é local. O módulo que tem os equipamentos para levantamento de peso e treino de força física também é o lugar onde fica o banheiro, então é o módulo com mais ‘odor’”, afirma o astronauta. “Aquele tem o cheiro de um vestiário”.
“A estação, no geral, cheira como uma fábrica. Ela tem uma característica de maquinário, estéril, metálica. Tem o cheiro de um espaço de trabalho. É como quando você entra em um hospital e pensa “é, isso aqui tem cheiro de hospital”.
Aqui na Terra, podemos lidar com cheiros em um ambiente abrindo a janela e deixando um pouco de ar fresco entrar. Como isso não é possível na ISS, um sistema de ventiladores garante a circulação: “todo o ar se move por causa de ventiladores”, diz Glover.
Não só por causa do cheiro, mas para evitar que o gás carbônico exalado pelos astronautas se acumule em uma “bolha” ao redor de suas cabeças, o que pode levar à falta de oxigênio (Hipóxia), que pode fazer com que uma pessoa perca a consciência.
Talvez Cruise fique feliz em saber que o cheiro do banheiro é uma das coisas na lista de prioridades da Nasa. Um novo modelo baseado no que será usado nas cápsulas Orion, que levarão o homem à Lua no programa Artemis, foi enviado à ISS para um “test drive” em setembro de 2020, com o objetivo de garantir que ele seja compacto, eficiente e não muito fedorento. Ainda não sabemos se deu certo.
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