Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de janeiro de 2022
Cientistas conseguiram pela primeira vez acompanhar a morte de uma estrela supergigante vermelha, segundo artigo publicado na revista científica The Astrophysical Journal nesta quinta-feira (6).
Os astrônomos esperavam que os últimos instantes de uma estrela do tipo seriam relativamente tranquilos, antes que o astro se tornasse uma supernova ou uma estrela de neutrôns. Ao invés disso, os cientistas observaram conforme a estrela se autodestruía para formar uma supernova de tipo II. Isso acontece através de seu colapso e explosão, após a estrela ter consumido todo os elementos de seu núcleo, como hidrogênio e hélio. A supernova foi batizada de 2020tlf.
“Este é um avanço em nosso entendimento do que as estrelas massivas fazem momentos antes de morrer. Pela primeira vez, vimos uma estrela supergigante vermelha explodir”, disse um dos autores do estudo, Wynn Jacobson-Galán, bolsista da National Science Foundation Graduate Research na University of California, Berkeley, em um comunicado.
Os astrônomos foram alertados que a estrela, localizada na galáxia NGC 5731, há 120 milhões de anos-luz da Terra, estava em seus momentos finais 130 dias antes de sua morte, ainda no verão de 2020. A observação da morte da estrela e do nascimento da supernova aconteceu no outono daquele ano, através de equipamento do Observatório W.M Keck, no Havaí.
“Estou animado com todas os novos mistérios que essa descoberta nos mostrou. Detectar mais eventos como SN 2020tlf terá um impacto dramático em como definimos os meses finais da evolução estelar”, disse Jacobson-Galán ao canal de televisão americano CNN.
Foguete SLS
A agência espacial norte-americana Nasa divulgou mais informações sobre o status dos preparativos do foguete SLS (Space Launch System), que será usado na missão Artemis I. Em dezembro, uma falha no controlador de um dos propulsores RS-25 causou o adiamento do lançamento, que estava programado para fevereiro deste ano, para “entre março e abril”.
Na semana passada engenheiros removeram e substituíram o controlador, e agora estão realizando diagnóstico e verificação, incluindo a carga do software que será usado no voo. Após isto, a equipe irá trabalhar para completar todos os testes de pré-diagnóstico e validação de hardware antes do veículo sair do hangar em meados de fevereiro.
No final do mês deve ocorrer um “ensaio molhado” (wet dress rehearsal). Neste tipo de teste, o foguete é levado à plataforma e são seguidos todos os procedimentos para um lançamento real, incluindo o abastecimento dos tanques de combustível, mas os propulsores não são acionados.
A Nasa afirma que só definirá a data de lançamento do SLS na missão Artemis I após este teste ser concluído com sucesso. Quando estiver operacional, o SLS será o foguete mais poderoso do mundo, e o único capaz de enviar a cápsula Orion, astronautas e suprimentos para a Lua em uma única missão.
A missão Artemis I será um voo não tripulado ao redor da Lua, testando o desempenho tanto do foguete SLS quanto da cápsula Orion. Recentemente a Lockheed Martin, responsável pela construção da cápsula, anunciou que a missão incluirá um sistema chamado Callisto, que integra a assistente digital Alexa, da Amazon, com a plataforma de videoconferência Webex, da Cisco, em um teste de viabilidade do uso de tecnologias comerciais para auxiliar os astronautas.
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