Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2024

Home Cláudio Humberto Atitudes afastam Guedes dos demais ministros

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Se a decisão coubesse aos ministros de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes (Economia) seria mais um desempregado. São frequentes as queixas contra interferências de Guedes em searas alheias e o estilo agressivo contra colegas. Alguns, discretos, como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, evitam polemizar. Mesmo tendo sido acusado por Guedes, perante Bolsonaro, de haver contribuído na alta da inflação pela “demora” para elevar as taxas de juros. Neto reagiu, o tempo fechou.

Assim não dá
Guedes também tem certa fixação, várias vezes refutada, para subordinar a política externa brasileira aos interesses da economia.

Assim também não
Ele exigia que o Brasil endossasse sem senso crítico (ou discussão) a posição da OCDE sobre a Rússia. O Itamaraty resistiu, ele esbravejou.

Atitude agressiva
O czar da economia tentou humilhar importante diplomata, fluente em vários idiomas, ao citar um livro: “Eu recomendo, tem em português”.

Mercosul em perigo
Outro problema ocorreu quando Guedes quis tomar a decisão unilateral de reduzir a tarifa externa comum, o que implodiria o Mercosul.

Congresso aprovou 116 leis ‘anti-covid’ em 2 anos
O Congresso Nacional já aprovou 116 leis, desde março de 2020, para combater os efeitos da pandemia da covid no País. De lá para cá, em média, foi aprovada uma nova lei, tanto na Câmara dos Deputados, quanto no Senado, a cada sete dias de pandemia. O pacotão de medidas inclui projetos das duas Casas Legislativas, medidas provisórias e propostas e emenda Constitucional. Outros 41 projetos foram aprovados na Câmara e ainda tramitam no Senado Federal.

Outro ritmo
Já projetos importantes para a economia, como o que limita o ICMS de combustíveis, demorou mais de 7 dias só para ser pautado no Senado.

Vapt-vupt
O primeiro projeto ‘anti-covid’, que chegou à Câmara em 17 de março de 2020, criou o Sistema de Deliberação Remota para votações remotas.

Ainda tem
Em 2022, quatro projetos viraram lei. O último garante o afastamento do trabalho de gestante que não está totalmente imunizada contra a covid.

Tiro na História
Negociações de apoio do PSDB e União Brasil ao PT de Lula é um tiro na história dos partidos. Em 2006, por exemplo, o encontro nacional do PT liberou aliança com qualquer partido, exceto PSDB e PFL.

Lobby em ação
A Associação Internacional de Transporte Aéreo exultou com o veto de Bolsonaro à gratuidade de bagagem. A entidade agora garante as empresas vão “parar de investir” se o Congresso derrubar o veto.

Pacheco, o acaciano
Rodrigo Pacheco resolveu encarnar Conselheiro Acácio, personagem de Eça de Queiroz, que abusava da pompa balofa e da postura de pseudo-intelectualidade comum entre alguns políticos. Esta semana, Pacheco chamou desmatamento de “retirada de vegetação degenerativa”.

Sem STF, nem TSE
Além de pedir a dissolução do Supremo Tribunal Federal, o Partido da Causa Operária (PCO) defende também “dissolução imediata do TSE”, que “tem por função impedir a livre candidatura e campanha eleitoral.”

#devolveLeite
Deputados do Novo vão à Justiça contra pensão ao ex-governador gaúcho Eduardo Leite, que em maio embolsou R$ 39,9 mil. Segundo os parlamentares, Giusepe Riesgo e Fabio Ostermann, a lei da regalia foi revogada antes da renúncia do tucano.

Diferença nítida
Pelas contas o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), há uma diferença de gestão nítida entre os últimos governos. “Um destruiu 3 milhões de empregos” enquanto o atual “gerou 12 milhões de empregos”.

Musk no Brasil
Fábio Faria (Comunicações) apoiou a parceria com a empresa Starlink, de Elon Musk, que vai fornecer acesso à internet por satélite às áreas remotas da Amazônia: “único satélite que pode fazer essa conexão”.

Arlete, 80
Nascida em Paudalho, ex-mulher do ator Lúcio Mauro e do cantor Toni Tornado, uma das atrizes mais queridas do Brasil, Arlete Sales, chega aos 80 anos nesta sexta-feira (17).

Pensando bem…
…até cego em tiroteio fica menos perdido que certos políticos da “governança” do Senado.

PODER SEM PUDOR

Coisa difícil de encontrar
O senador César Cals fazia campanha quando, esfomeado, parou num arruado próximo a Milhã, no sertão do Ceará. Na bodega, pediu o que era possível naquele lugar: ovo caipira, bode seco, cuscuz e Q-suco. A numerosa comitiva tirou a barriga da miséria, mas, na hora da conta, o bodegueiro cobrou preço de restaurante cinco estrelas. Cals ironizou: “Muito caro, meu velho. Ovo por aqui é difícil de encontrar?” O dono do estabelecimento respondeu, coçando a orelha: “Ovo inté que é fácil, dotô. Difícil mesmo é senadô…”

*Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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