Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 25 de maio de 2023
O Banco Central (BC) divulgou uma lista com 14 instituições financeiras selecionadas para participar da versão piloto do Real Digital (RD), o novo modelo de moeda digital, em estudo pelo BC. Ao todo, mais de 100 instituições tinham demonstrado interesse em participar do projeto.
Essa seleção é composta por representantes de instituições financeiras de grande e médio porte, além de instituições de pagamento, cooperativas, bancos públicos, desenvolvedores de serviços de criptoativos, operadores de infraestrutura de mercado financeiro e instituidores de arranjos de pagamento. Com base nisso, a autoridade monetária iniciará a incorporação dos participantes à plataforma do Piloto do Real Digital até meados de junho.
Confira a lista:
As entidades selecionadas para esta fase do projeto vão ser utilizadas pelo Banco Central para o teste de funcionalidades de privacidade e programabilidade, por meio da implementação de um caso de uso específico, que seria um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes, além dos serviços que compõem essa transação.
Segundo a autarquia, esse caso de uso permite dar foco nos testes na privacidade, visto que permite troca de informações entre os participantes da plataforma, e testa ainda a programabilidade dos serviços oferecidos e sua interoperabilidade.
Em fevereiro, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o modelo de uma moeda digital brasileira deve ser apresentado em breve. A ideia, segundo ele, é ter algo funcionando no máximo até 2024.
“O Brasil vai ser um dos primeiros países a fazer isso. A gente vai avançando à medida que vai tendo segurança”, disse Campos Neto.
O objetivo final do BC é criar uma plataforma que integre diversos dados financeiros de diferentes contas bancárias do usuário. No aplicativo, o cidadão conseguirá ver saldos, o fluxo de caixa, realizar transferências via Pix no débito e no crédito, além de acessar outros serviços como investimento e seguros.
“O ente recebedor deixa de ser uma pessoa e vira um contrato digital. Isso tem uma grande melhoria, em vários aspectos”, afirmou. Com a moeda será possível vincular uma transferência a determinadas condições. O cidadão poderá, por exemplo, programar o uso do dinheiro, que só será liquidado se respeitar as condições acordadas.
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