Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024

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A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) avalia receber voos internacionais na Base Aérea de Canoas (RS). Na última segunda-feira (27), o local recebeu o 1º voo comercial desde que foi habilitado depois do alagamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

A proposta de internacionalização da base militar partiu do Ministério de Portos e Aeroportos, que estuda a possibilidade de incorporar voos do exterior a partir de junho. Contudo, a operação precisaria do aval de diversas instâncias federais que atuam no tráfego internacional, como em questões alfandegárias e sanitárias.

De acordo com informações do portal Poder360, a Fraport, administradora do Salgado Filho e das operações comerciais na Base Aérea de Canoas, considera que o local ainda precisaria passar por alterações na infraestrutura para receber voos de fora do País.

Perguntada sobre a possibilidade, a Anac disse que, por ora, os esforços estão voltados para a viabilização das operações domésticas em Canoas e que “posteriormente, serão feitas as avaliações necessárias para uma possível internacionalização da base aérea”.

Leia a íntegra da nota da Anac:

“Houve, sim, o recebimento pela Anac de manifestações com vistas a uma possível internacionalização da Base Aérea de Canoas (RS) para a operação de voos comerciais.

“Contudo, a internacionalização da base aérea depende da análise de outros órgãos públicos federais que necessariamente deverão cuidar de questões como alfandegamento (Receita Federal), polícia de fronteira (Polícia Federal) e saúde pública (Anvisa), por exemplo.

“Por ora, os esforços conjuntos do Ministério de Portos e Aeroportos, da Anac e do Comando da Aeronáutica estão sendo conduzidos no sentido de viabilizar as operações aéreas domésticas em Canoas.

“O foco é a ampliação e consolidação das operações domésticas. Posteriormente, serão feitas as avaliações necessárias para uma possível internacionalização da base aérea.”

Revisão 

A revisão da concessão com a Fraport, empresa que administra Aeroporto Salgado Filho — que permanece interditado — é outra questão sendo negociada.

Isso porque a Fraport precisará fazer várias obras no local — devido aos prejuízos dos temporais que atingira a região e inundaram o terminal. A empresa tem 25 anos de concessão.

O Aeroporto Internacional Salgado Filho está fechado desde 3 de maio, sem previsão de reabertura. Nos dias mais críticos das chuvas neste mês de maio, imagens aéreas mostravam o local completamente tomado pela água. Em alguns trechos era impossível ver partes da pista de pouso e decolagem.

A Anac confirmou ter recebido o pedido de reequilíbrio de contrato feito pela Fraport e disse considerar “que há razão” para a solicitação, uma vez que o caráter de “força maior” dos prejuízos foi reconhecido.

Não há prazo para a conclusão do pedido da empresa de origem alemã. A Anac afirmou estar “iniciando a análise do pleito” e disse que será preciso realizar uma avaliação da “questão securitária relacionada ao sinistro observado”, dos “prejuízos causados pelas enchentes” e dos custos “de reconstrução do aeroporto”.

A autarquia declarou que “ainda não se conhece a dimensão das perdas causadas pela inundação no Aeroporto de Porto Alegre”. Conforme a Anac, “a situação só poderá ser avaliada após a diminuição de todo volume de água no complexo aeroportuário”.

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