Domingo, 24 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 4 de outubro de 2022
A Câmara dos Deputados terá, para o próximo mandato na Casa, parlamentares vinculados às bancadas conhecidas como “da bala, da bíblia e da bola”. Da primeira delas, faz parte um grupo de políticos identificados com o incentivo ao movimento armamentista, geralmente ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como o Sargento Fahur (PSD-PR), Delegado Da Cunha (Progressistas-SP) e Hélio Lopes (PL-RJ).
Levantamento do Fórum de Segurança Pública apontou aumento de 28 para 36 parlamentares policiais ou militares das Forças Armadas na Câmara.
Há ainda pastores e outros candidatos com identidade evangélica que, além dos eleitos, figuram como suplentes de deputado federal, podendo vir a ocupar cadeiras vagas no decorrer da próxima Legislatura. Ainda há os representantes da bancada da bola. Essa, contudo, teve mais derrotas que vitórias, com poucos nomes conseguindo vaga no Congresso.
Veja abaixo alguns dos nomes ligados à bancada “BBB”.
Bancada da “Bala”
— Da Cunha: Somente o cargo “delegado” foi usado como nome na candidatura de cinco parlamentares eleitos. Entre eles está Da Cunha, que sofre processo administrativo por ter forjado a prisão de um chefe de uma facção criminosa em São Paulo. A Corregedoria da Polícia Civil do Estado investiga ainda uma possível lavagem de dinheiro do agente, além de outras quatro acusações.
— Carla Zambelli: Segunda mais votada no Estado de São Paulo, Carla Zambelli é uma das deputadas mais alinhadas a Jair Bolsonaro. Mesmo não sendo militar, a parlamentar é uma das principais defensoras de pautas que envolvem o armamento da população.
— Marcos Pollon: Outro muito próximo do presidente e notório defensor das armas, Marcos Pollon (PL-MS) foi o deputado estadual mais votado em Mato Grosso do Sul. Em suas redes sociais, o advogado, que teve mais de 103 mil votos, se define como “pró-armas”, faz publicações, por exemplo, afirmando, voltando-se para o público feminino, que “melhor que batom é uma arma legalizada”.
Bancada da “Bíblia”
— Marcelo Crivella: Ex-prefeito do Rio e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) se elegeu deputado federal. A candidatura dele teve suporte da Catedral de Del Castilho, principal templo e sede da Universal no Rio, onde santinhos do ex-prefeito foram distribuídos nas últimas semanas na entrada de cultos. Ele volta ao Congresso, onde já foi senador entre 2003 e 2016.
— Otoni de Paula: Um dos mais expoentes defensores do presidente Jair Bolsonaro, Otoni de Paula (MDB-RJ) recebeu 158.507 votos, sendo o sétimo mais votado no Estado do Rio. Na esteira do sucesso do filho, Otoni de Paula Pai foi eleito para a Assembleia Legislativa do Rio.
— Irmãos Soares: Os irmãos Marcos e Filipe Soares (PL-RJ), eleitos deputado federal e estadual, respectivamente, ambos pelo União Brasil, utilizaram, na urna, as iniciais do pai, o líder evangélico Romildo Ribeiro Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus. Com isso, o sobrenome que levaram às urnas passou a ser “RR Soares”, forma pela qual o pai se popularizou entre fiéis.
Bancada da “Bola”
— Romário: Herói do Tetra, Romário (PL-RJ) ingressou na política em 2014, quando elegeu-se senador. Favorito desde o início da disputa pela continuidade no cargo, o Baixinho, como é conhecido, superou os adversários e foi reconduzido ao cargo até 2030.
— Bandeira de Mello: Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ) foi presidente do Flamengo de 2013 a 2018, período marcado pela reorganização financeira do clube. No último ano de mandato, tentou eleger-se deputado federal pela primeira vez, sem sucesso. Em busca do mesmo cargo nesta eleição, ele tinha 72.68 votos com 99,9% das urnas apuradas, o suficiente para eleger-se.
— Maurício do Vôlei: O jogador Maurício do Vôlei (PL-MG), ou Maurício Souza, como é conhecido, vai ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados por Minas Gerais após ter sido eleito no domingo. O atleta ingressou na política com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) depois de ter se envolvido em polêmicas por comentários homofóbicos. Ele teve 83 mil votos e, com isso, conquistou o quinto melhor desempenho da sigla no Estado.
No Ar: Pampa Na Madrugada