Quarta-feira, 12 de Março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de maio de 2022
Enquanto o ex-presidiário afirma que Bolsonaro “gosta de polícia, e nós gostamos de gente”, o presidente Jair Bolsonaro defendeu ontem o excludente de ilicitude, mecanismo que amplia casos de isenção de punição a militares em serviço. “Peço a Deus que eu consiga um dia aprovar o excludente de ilicitude. Após a missão, [o policial] vai para casa, tomar uma tubaína, uma cerveja, e não recebe visita do oficial de Justiça”. O presidente falou ontem na solenidade de formatura da Polícia Militar de São Paulo, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, e mandou um alerta quanto aos “marginais em gabinetes com ar-condicionado” que tentam roubar a liberdade no Brasil:
“Precisamos de todos para garantir a nossa liberdade, porque os marginais do passado hoje usam de outras armas, também em gabinetes com ar-condicionado, visando roubar a nossa liberdade. Muitas vezes o inimigo não está nas vielas ou no topo de um morro. Começam roubando a nossa liberdade de expressão, começam fustigando as pessoas de bem, fazendo com que elas desistam de seu propósito. Nós, Forças Armadas e auxiliares, não deixaremos que isso aconteça”.
Deputado defende nova lei de armas: “temos lei molenga para marginal e cruel para pessoa de bem”
O deputado João Carlos Gurgel (PL-RS), policial militar inativo, resumiu ontem a legislação criminal do País: “temos lei molenga para marginal e cruel para pessoa de bem”. Gurgel defende na Câmara dos Deputados, mudanças na política armamentista e a aprovação de normas para publicidade de armas de fogo em todo o território nacional.
Gurgel vem articulando apoio parlamentar para a aprovação do Projeto de Lei n° 5417/2020, de autoria do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que estabelece normas para publicidade de armas de fogo em todo território nacional. Segundo ele, o texto pretende legalizar as propagandas, mas sem fazer apologia a atos violentos. “Claro que não pode estimular a violência, mas estimular a defesa contra vagabundos? Tem que parar com essa política de defender vagabundo”, afirma. Ele identifica erros na atual política armamentista: “essa publicidade deve ser ampla. Se posso fazer um adendo é que não estimulem a violência. Contra vagabundo não é violência, é defesa”.
Mourão vê arbítrio cometido pelo STF
O vice-presidente da República, general de Exército (RR) Hamilton Mourão, comentou ontem as arbitrariedades cometidas por ministros do STF contra cidadãos, valendo-se de lei inexistente, como no caso do crime de opinião. Mourão disse que “no caso, o que estamos vendo: se sou ministro do STF, mando prender. Isso é um verdadeiro arbítrio e ataque à democracia”.
Mourão, que é pré-candidato ao Senado pelo Republicanos no Rio Grande do Sul, falou ontem em Porto Alegre à Rádio Guaíba, e considerou o caso da prisão do deputado federal Daniel Silveira, e de cidadãos que criticaram o processo eleitoral, como “verdadeiro ataque à democracia” ao identificar ali uma série de irregularidades cometidas pelo STF: “O camarada que investiga não pode ser o mesmo que denuncia e o que julga. Temos o inquérito das fake news, que não tem objeto, não tem prazo. Todo inquérito tem prazo. Dentro do Exército, por exemplo, tem 30 dias para terminar a investigação. Se não terminar nos 30, você pede mais 30, é assim que funciona.. O Judiciário rompeu a harmonia e o equilíbrio do que está acima do processo democrático”.
Ciro Gomes vem ao Estado conversar com o PDT
Para levantar o moral do PDT gaúcho, que ficou sem candidato a governador, após o anúncio do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, de que não irá concorrer, o presidenciável Ciro Gomes virá ao Estado na próxima semana.
Infectado pelo vírus da covid, Ciro Gomes confirmou que vem ao Estado na próxima quarta-feira e cumprirá agenda em Porto Alegre, seguindo quinta-feira para Caxias do Sul e Bento Gonçalves, e sexta-feira em Pelotas.
José Mauro Coelho, o breve
O engenheiro químico José Mauro Coelho, que cedeu ao lobby dos acionistas e não teve pulso para segurar um desnecessário reajuste do óleo diesel, vai ser demitido do comando da Petrobras depois de assumir o cargo no dia 14 de abril. Vai perder um salário estimado em R$ 370 mil, mais bonificações. O presidente Jair Bolsonaro deu início à contagem regressiva para a demissão de Coelho. A saída do seu padrinho o almirante Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia, deixou-o enfraquecido.
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