Domingo, 22 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de dezembro de 2022
Desorganizado e sentindo falta de entrosamento, o time reserva do Brasil até que tentou fazer frente à lanterna seleção de Camarões, mas sofreu um gol de cabeça nos acréscimos e saiu do Estádio Lusail com sua primeira derrota na Copa do Mundo. Apesar do revés por 1 a 0, o Brasil garantiu a liderança do Grupo G e enfrentará a Coreia do Sul nesta segunda (5) pelas oitavas de final.
Ainda que corresse à boca pequena entre os jornalistas estrangeiros que cobrem a Copa do Mundo que “o Brasil tem duas seleções”, havia expectativa sobre o real potencial do time reserva para o jogo desta sexta-feira. A qualidade individual dos jogadores praticamente não estava em dúvida, mas colocar onze atletas que não têm o hábito de atuar juntos numa partida suscitava desconfiança se funcionaria como equipe.
O jogo também tinha um importante personagem pré-definido: Daniel Alves. Escolhido para ser o capitão do Brasil, o atleta de 39 anos foi contestado desde que teve seu nome anunciado por Tite no mês passado. E, contra Camarões, o lateral teve finalmente uma primeira oportunidade para justificar sua presença no Mundial.
Jogo
Os primeiros 45 minutos mostrariam que a seleção reserva era de fato um bom time, mas carecia, sim, de entrosamento. Acostumado a jogar entre os titulares, Fred mais de uma vez precisou girar em torno do próprio eixo à espera de um companheiro que evoluísse ao ataque.
Os pontas, Antony e Martinelli, eram agudos, mas tinham dificuldades em encontrar Gabriel Jesus no meio da área. Rodrygo, o substituto de Neymar, desempenhava bem o papel do titular – inclusive sendo caçado em campo -, mas não tinha chances para finalizar.
Quanto a Daniel Alves, ele foi menos construtor do que Tite tanto se empenhou em destacar nos dias que antecederam à partida. Jogou recuado pela direita, e mais de uma vez a seleção de Camarões conseguiu progredir por lá. Mas o capitão da seleção brasileira não comprometeu, ajudou a organizar a defesa e até teve chance de fazer um gol, ao bater falta da entrada da área. A bola acabaria indo por cima.
A Seleção voltou sem alterações para o segundo tempo, mas não tardou para Tite promover três mudanças. E isso por causa de um novo problema na lateral; Alex Telles, o substituto do lesionado Alex Sandro, também se contundiu. Sem opção para o lado esquerdo, o jeito foi colocar o zagueiro Marquinhos por lá. Bruno Guimarães e Everton Ribeiro também entraram.
A essa altura, a partida que fechava o Grupo G da Copa do Mundo era mais voluntariosa do que propriamente organizada. Porque de um lado havia Camarões tentando ir ao ataque de qualquer jeito em busca de uma classificação improvável, e do outro havia o Brasil reserva buscando o gol de Epassy apenas na base do talento de seus jogadores, uma vez que a organização tática quase inexistia. Até que, aos 47, Mbekeli escapou pela direita e cruzou no primeiro pau para Aboubakar cabecear no canto. Ederson apenas olhou a bola morrer no fundo da rede.
Mesmo com o resultado, o Brasil assegurou a primeira colocação no grupo e, nesta segunda, enfrentará a Coreia do Sul pelas oitavas de final. A seleção asiática garantiu classificação de forma surpreendente um pouco antes, ao virar sobre Portugal e chegar aos 4 pontos no Grupo H. Assim, se igualou ao Uruguai, mas terminou à frente pelo critério de gols marcados.
Ficha técnica
— Brasil: Ederson; Dani Alves, Éder Militão, Bremer e Alex Telles (Marquinhos); Fabinho, Fred (Bruno Guimarães) e Rodrygo (Everton Ribeiro); Antony (Raphinha), Gabriel Jesus (Pedro) e Gabriel Martinelli. Técnico: Tite.
— Camarões: Epassy; Fai, Wooh, Ebosse e Tolo; Anguissa, Kunde (Ntcham), Mbeumo (Ekambi), Choupo-Moting e Ngamaleu (Mbekeli); Aboubakar. Técnico: Rigobert Song.
Arbitragem: Trio americano formado por Ismail Elfath, Kyle Atkins e Corey Parker. O VAR (árbitro de vídeo) foi o espanhol Alejandro Hernandez.
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