Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2025

Home Brasil Brasileira presa na Itália por mandar matar marido em 2024 é investigada por assassinato de outro companheiro

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Presa por envolvimento no assassinato do próprio marido em 2024, a potiguar Adilma Pereira Carneiro, de 49 anos, foi conectada recentemente a outro crime conjugal, dessa vez em dezembro de 2011, também na Itália. Adilma, apontada como mandante do atropelamento criminoso que matou Fabio Ravasio na região de Parabiago em agosto do ano passado, também estaria ligada à morte suspeita de seu segundo marido, Michele Della Malva, 13 anos antes. conforme apontam investigações divulgadas pela polícia italiana.

A morte de Della Malva, inicialmente tratada como um mal súbito, está sob nova análise. A promotoria acusa um homem identificado como Maurizio Massè — ex-marido da cunhada de Della Malva e então amante de Adilma — de ter cometido o crime a mando da brasileira. Ele foi preso nesta semana.

Segundo as investigações, Della Malva teria sido forçado por Massè a ingerir um saco plástico recheado de cocaína, o que provocou uma overdose fatal. Na época, a morte foi tratada como um infarto e o caso foi arquivado. O crime teria sido planejado por Adilma e Massè para que a brasileira herdasse bens, como dinheiro e uma valiosa coleção de relógios do marido.

Passado criminoso

Michele Della Malva era um ex-presidiário ligado a uma máfia da região de Puglia. Ele e Adilma se conheceram na prisão, em 2006. Della Malva cumpria pena de 29 anos por duplo homicídio e Adilma cumpria pena de quatro anos por tráfico internacional de drogas. Após ganharem direito à liberdade, eles se casaram e tiveram trigêmeos.

Na noite do assassinato de Della Malva, Adilma havia levado os filhos ao hospital com sintomas de bronquite. Enquanto isso, por volta das 23h, Massè fez uma visita à residência do casal, em Mesero. Além da vítima, estavam no imóvel os filhos mais velhos de Adilma, Ariane e Igor, frutos de relacionamentos anteriores da brasileira.

Segundo a acusação, Massè permaneceu na casa até as 5h da manhã, horário em que Della Malva teria começado a passar mal. Os filhos da vítima entraram em contato com a mãe, Adilma, que os teria tranquilizado e dito que chamaria uma ambulância imediatamente. O socorro, no entanto, somente foi acionado às 10h, cinco horas depois.

Quando a equipe médica chegou ao local, Della Malva já estava morto e apresentava sinais característicos de uma overdose. A promotoria acredita que o intervalo entre o contato dos filhos e o acionamento do socorro foi proposital, para garantir que a vítima não sobrevivesse e a morte parecesse natural.

A prisão de Massè reativou o inquérito e trouxe à tona o envolvimento da máfia no crime. A Justiça italiana agora busca esclarecer o papel de Adilma e confirmar se ela de fato encomendou o assassinato.

Caso a acusação se comprove, Adilma Pereira Carneiro poderá ser condenada pelas duas mortes – a de Michele Della Malva e a de Fabio Ravasio –, o que fortaleceria sua reputação como “Louva-a-Deus de Parabiago”, uma mulher envolvida com o crime e que teria matado dois maridos para benefício próprio.

O atropelamento de Fabio Ravasio

Fabio Ravasio, de 52 anos, foi atropelado enquanto andava de bicicleta na noite do dia 9 de agosto de 2024, em Parabiago, em Milão. Ravasio foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Adilma foi presa dias depois, sob acusação de planejar o assassinato de Ravasio com seis cúmplices — entre eles, um de seus sete filhos e o seu amante.

Segundo a mídia italiana Il Giorno, Adilma foi presa junto com os comparsas, e teria envolvido um de seus sete filhos, Igor Benedito, de 25 anos, na ação. Conforme a juíza do caso, Anna Giorgetti, a brasileira teria arquitetado o crime por motivos financeiros para ter acesso ao patrimônio de 3 milhões de euros de Ravasio, com quem tinha dois filhos. De acordo com a imprensa local, Adilma fez promessas de comprar casas para os cúmplices, que também tinham envolvimento amoroso com ela.

Quem é Adilma?

Nascida em São Paulo, Adilma Pereira Carneiro tem uma vida envolta em diversos mistérios. Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, ela foi detida com de 12 quilos de cocaína há alguns anos.

Atualmente, ela é sócia de uma empresa de compra e venda de imóveis em Magenta, na Itália. Um dos envolvidos no crime afirmou que ela decidiu matar Ravasio porque “não suportava mais o marido”. Ele ainda confessou que Adilma havia prometido um apartamento de presente em uma casa de campo para reforma aos cúmplices.

Na imprensa italiana, ela é conhecida como a “Louva-a-Deus de Parabiago”, ou a “Viúva Negra Brasileira”, duas espécies cujas fêmeas são conhecidos por matar o macho após a relação sexual.

A brasileira vivia com Ravasio desde que os filhos gêmeos do casal nasceram há 8 anos. Apesar disso, ainda era formalmente casada com Massimo Ferretti, 47, desde janeiro de 2016. Ele seria o “diretor de comunicações” do crime e ainda amante de Adilma. As informações são do portal O Globo.

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