Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024

Home em foco Brasileiro que invadiu Capitólio dos Estados Unidos é condenado a pagar multa e prestar serviços comunitários

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Um brasileiro que participou da invasão ao Capitólio, sede do Poder Legislativo dos Estados Unidos, foi condenado pela Justiça americana a cumprir um ano de liberdade condicional, pagar multa de US$ 500 (pouco mais de R$ 2.700) e prestar 100 horas de serviços comunitários. A sentença foi publicada na última semana.

Eliel Rosa fez parte do grupo de apoiadores do ex-presidente Donald Trump, que entrou à força no Congresso em 6 de janeiro, durante a contagem dos votos da eleição presidencial, que deu vitória ao democrata Joe Biden. Cinco pessoas morreram no tumulto.

De acordo com a investigação do FBI, Rosa viajou do Texas para Washington, motivado por um post de Trump no Twitter, em que o republicano convocava apoiadores a uma manifestação, alegando fraude nas eleições. Ele teve a companhia de uma amiga, Jenny Cudd, que também participou do protesto.

A invasão aconteceu durante a sessão que referendava a vitória de Biden na disputa presidencial. Momentos antes, Trump discursou aos apoiadores afirmando que não aceitaria o resultado eleitoral.

Rosa e Cudd entraram no Capitólio por volta das 14h35. À polícia, o brasileiro contou que ouviu tiros, estrondos e sentiu cheiro de gás lacrimogêneo.

Ele foi fotografado dentro da sede do Legislativo e também aparece em imagens de câmeras de segurança. Rosa chegou a postar no Facebook um registro, em que aparece ao lado da amiga dentro do Capitólio.

O brasileiro foi indiciado por obstrução de procedimento oficial, entrar e permanecer em um prédio ou terreno restrito e conduta desordenada e perturbadora. O inquérito do FBI não fala em atos violentos ou danos causados por ele no Congresso.

Violência

A Invasão do Capitólio dos Estados Unidos ocorreu em 6 de janeiro deste ano, depois de partidários do então presidente Donald Trump foram por ele convocados a se reunir em Washington para protestar contra o resultado da eleição presidencial de 2020, justamente a data em que as duas casas legislativas se reuniriam para ratificar a vitória de seu oponente.

Baseada na alegação falsa de Trump de que houve fraude nas votações, a invasão pretendia dar apoio a Trump e forçar que o vice-presidente Mike Pence e o Congresso rejeitassem a vitória do presidente-eleito Joe Biden. No início, os manifestantes se reuniram para o comício “Save America”, um evento planejado no parque The Ellipse, onde ouviram os discursos de aliados como seu advogado pessoal Rudy Giuliani, onde este convocava os presentes a resolverem a disputa eleitoral num “julgamento por combate”.

A invasão durou boa parte da tarde e continuou até o começo da noite. Na madrugada, as forças policiais conseguiram recuperar o controle do Capitólio, que ficou bastante depredado. Cerca de cinco pessoas foram mortas (quatro manifestantes e um policial) e dezenas foram presas, embora a maioria posteriormente ao incidente. A postura do então presidente Donald Trump foi duramente criticada por jornalistas, autoridades e políticos de ambos os lados do espectro político.

Inicialmente vários especialistas qualificaram os acontecimentos como uma tentativa de golpe de estado (na modalidade autogolpe) perpetrada por Trump, culminância das suas tentativas fracassadas em reverter as derrotas eleitorais na justiça, tanto quanto nas falidas pressões sobre autoridades para fraudarem os resultados e, finalmente, para que seu vice-presidente o fizesse.

Tendo provocado cinco mortes, dezenas de feridos e centenas de presos e investigados, o episódio culminou no pedido do segundo de impeachment de Trump, primeiro presidente na história a ter dois processos do tipo.

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