Quarta-feira, 12 de Março de 2025

Home Mundo Caçula de Maradona pede justiça em rede social: “por meu papai”

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O filho caçula de Maradona, Dieguito Fernando, usou as redes sociais para pedir justiça pelo pai nessa terça-feira (11), dia em que sete membros da equipe médica que cuidava do ex-jogador em um pós-operatório começaram a ser julgados.

O adolescente, que acaba de completar 12 anos, gravou um vídeo curto, vestindo uma camiseta com a hashtag #JustiçaporDiego, e escreveu na legenda:

“Justiça pelo meu papai! Ajuda para todos os que amamos Diego Armando Maradona”.

Nos comentários, o menino recebeu apoio dos fãs do craque argentino. No entanto, algumas pessoas questionaram a exposição dele, que consideraram desnecessária.

O post foi feito em colaboração com o advogado da família, Mario Baudry, que também falou sobre o julgamento um dia antes dele começar e afirmou que todos iriam conhecer “a dor, sofrimento e abandono que Diego Armando Maradona passou até sua morte”.

“Esperemos que a Justiça faça jus à história. O que tenho certeza é que a justiça da sociedade já está em andamento e essa não pode ser comprada”, acrescentou.

A camiseta usada por Dieguito no vídeo é a mesma que a mãe dele, Veronica Ojeda, companheira de Maradona no momento de sua morte, usou para ir ao primeiro dia de audiências. Ela se emocionou na porta do tribunal. O primeiro dia do julgamento da equipe médica do craque Diego Armando Maradona, na Argentina, foi marcado por emoções à flor da pele e uma imagem do ex-jogador minutos após sua morte.

Maradona morreu há mais de quatro anos, em 25 de novembro de 2020. Sete membros da equipe médica que cuidavam dele em um pós-operatório são acusados de “homicídio simples com dolo eventual”, ou seja, de saberem das consequências fatais de seus atos. Os acusados enfrentam penas de entre oito e 25 anos de prisão.

Os ânimos estavam acirrados antes mesmo da audiência, com os acusados sendo hostilizados por um grupo de algumas dezenas de fãs do jogador que se reuniram na entrada do tribunal de San Isidro.

Segundo a imprensa da Argentina, a ex-companheira de Maradona, Verónica Ojeda, xingou uma das rés, a psiquiatra Agustina Cosachov, de “cachorra mal parida”, ainda na calçada.

O momento mais dramático da audiência foi quando o promotor, Patricio Ferrari, mostrou uma fotografia de Maradona deitado, com o corpo visivelmente inchado: “Foi assim que Maradona morreu”, afirmou.

Ferrari afirmou no início de sua sustentação que os acusados “foram absolutamente indiferentes” ao risco de morte que Maradona corria.

Ele também qualificou a internação domiciliar, na qual o campeão do Mundo de 1986 se recuperava de uma neurocirurgia, como “temerária, deficiente e sem precedentes” e disse que a equipe médica não seguiu nenhum protocolo e descreveu o local como “um teatro do horror”.

Os profissionais da saúde que deveriam atendê-lo participaram de “um assassinato”, acrescentou o promotor. “Eles o condenaram ao esquecimento e deliberadamente, com crueldade, decidiram que ele morresse.”

A exibição da imagem de seu corpo fez com que as três filhas de Maradona, Jana, Dalma e Gianinna, presentes na sala, chorassem. Para o advogado das duas últimas, Fernando Burlando, o uso da imagem “não foi nenhum golpe baixo”.

“O golpe baixo foi dado a Diego, porque esse foi o estado em que o deixaram, que no dia do seu velório ele nem cabia no caixão, de tão inflamado e inchado que estava”, comentou a um grupo de jornalistas durante uma pausa da sessão.
Espera-se que o julgamento dure pelo menos até julho, com cerca de 120 testemunhas convocadas. As informações são do portal de notícias g1.

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