Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de outubro de 2022
Concursos de beleza ocorrem no mundo há décadas e, por muito tempo, o ideal de beleza foi reforçado como um modelo único a ser alcançado. Este ano, porém, o Miss Inglaterra tem demonstrado maior preocupação com a diversidade: entre as finalistas da competição, que terminará no dia 17, está India Fenwick, de 21 anos, que é cega de um olho.
A jovem nasceu com uma condição rara chamada microftalmia, que fez com que ela perdesse a visão do olho esquerdo. Desde que entrou no concurso ela deixou claro que buscava compartilhar sua história para inspirar outros jovens com condições semelhantes.
“Com dez semanas de gravidez, minha mãe pegou uma infecção perigosa em um restaurante. Chamada toxoplasmose, o sintoma principal foi um resfriado forte. Mas, sem que ela soubesse, a doença foi transmitida para mim, atacando o nervo óptico e afetando o desenvolvimento e crescimento do meu olho”, disse India.
Quando nasceu, os médicos confirmaram que a menina tinha uma condição extremamente rara e que, no caso dela, afetou apenas um olho. Com o nervo óptico danificado, coloboma (má formação da estrutura ocular) e com um globo 25% menor do que o olho direito, ela ressalta que este tipo de caso afeta apenas uma a cada 10 mil pessoas.
Novidade
Outra novidade no concurso é que em quase cem anos de história, o concurso de beleza Miss Inglaterra terá pela primeira vez em sua final uma competidora que se apresentará sem maquiagem: a estudante Melisa Raouf, de 20 anos. Ela quer usar a oportunidade para mostrar às garotas que elas não precisam usar maquiagem para se sentirem bonitas.
Raouf, que vive no sul de Londres, venceu na semana passada uma recém-criada rodada do concurso em que as participantes não devem usar maquiagem. Ela garantiu seu lugar entre as 40 competidoras que disputarão a final em 17 de outubro e decidiu manter o rosto lavado também na etapa decisiva.
Caso ela vença a final, seguirá para a competição de Miss Mundo e diz que pretende não usar maquiagem.
“Eu queria mostrar que temos uma escolha”, disse Raouf à BBC. “Não temos que usar maquiagem se não quisermos.”
Raouf está no segundo ano da graduação em política no King’s College London e quer entrar para a diplomacia depois de se formar.
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