Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 4 de março de 2024
Os usuários do X, rede social de Elon Musk, podem ser rastreados se não alterarem uma configuração que, desde domingo, está ativada por padrão. Desde a semana passada, o antigo Twitter oferece a opção de fazer chamadas de áudio e vídeo. Ocorre que, como alertaram vários usuários da rede social, ter essa opção ativada fornece a quem faz a chamada o endereço IP – responsável pela identificação e endereçamento dos dispositivos conectados em uma rede.
O conhecimento do endereço IP de um usuário pode ser usado para rastrear sua localização aproximada, o que pode ser particularmente sensível em ditaduras ou regimes que praticam a repressão política. Também pode comprometer confidentes ou fontes confidenciais em investigações jornalísticas.
O novo recurso gerou descontentamento entre muitos usuários, que reclamam que essa mudança é aplicada sem aviso prévio e em todos os dispositivos ao mesmo tempo. As chamadas de áudio só podem ser feitas por usuários que estejam conectados entre si, que se sigam ou tenham trocado pelo menos uma mensagem direta.
No entanto, o fato de isso envolver a troca do endereço IP – tanto do remetente quanto do destinatário da chamada – incentivou muitos a desativar a opção. Geralmente, os usuários não conhecem e não confiam em todas as pessoas com quem interagem ou interagiram no X.
Para bloquear as chamadas de áudio, o usuário deve acessar a opção “Configurações e privacidade”, clicar em “Privacidade e segurança”, depois em “Mensagens diretas” e, a partir daí, clicar no botão “Ativar chamadas de áudio e vídeo” que, com a mudança, já terá sido ativado automaticamente. É preciso então, clicar nesse botão para desativá-lo.
O X não menciona na descrição desse novo serviço se as chamadas de áudio e vídeo são ou não comunicações criptografadas, como é o caso, por exemplo, de serviços como o WhatsApp. Tampouco é possível verificar com alguém da empresa se elas são criptografadas ou não, pois logo após Elon Musk comprar o Twitter, ele demitiu toda a sua equipe de comunicação, além de milhares de engenheiros.
Processo
Uma batalha legal de grandes proporções se desenrola entre quatro ex-executivos do Twitter (agora X) e o magnata Elon Musk. Os executivos, que estiveram à frente da empresa durante um turbulento processo de aquisição da rede social, entraram com um processo alegando que Musk os demitiu injustamente e se recusa a pagar mais de US$ 128 milhões em rescisões.
Os ex-executivos argumentam que as rescisões não só violam seus contratos de trabalho, mas também minam a confiança dos executivos e acionistas durante processos de aquisição, desestimulando sua participação ativa na gestão da empresa.
Além disso, eles afirmam que Musk tentou evitar despesas adicionais após o fracasso de sua tentativa de abandonar o acordo de aquisição do Twitter. Musk teria uma “animosidade especial” contra o grupo de ex-executivos devido a discordâncias sobre a gestão do Twitter e a própria aquisição.
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