Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024

Home Cinema e TV Chaves x Quico: entenda o conflito entre os artistas que deram vida aos personagens da série

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Conforme publicado no jornal O Globo no último domingo (18), “Chaves” e “Chapolin” seguem fora do ar, na televisão, no streaming e no YouTube, há quase quatro anos, por conta de um impasse entre o Grupo Chespirito e a emissora mexicana Televisa.

Herdeiro de Roberto Gómez Bolaños (1929-2014), o criador da vila e dos personagens que cativaram gerações de fãs, Roberto Gómez Fernández, diretor do grupo que leva o nome artístico de seu pai, falou com exclusividade sobre o andamento das negociações para o retorno dos episódios ao alcance do público.

Fernández também falou sobre diversos outros assuntos, como “Chaves: a exposição”, mostra que já levou mais de 100 mil visitantes ao MIS Experience, em São Paulo, desde que inaugurou em janeiro. Com itens raros, como roteiros e figurinos originais da época, a exposição foi prorrogada até 30 de março.

O empresário ainda tocou em temas sensíveis, como o desgaste entre os atores do elenco de “Chaves”. “Não eram temperamentos fáceis”, diz Fernández, salientando seu esforço “conciliador” nos últimos anos para aparar arestas que restavam desde quando seu pai era vivo. É sabido, por exemplo, do conflito que Carlos Villagrán, o ator que deu vida a Quico, teve com Roberto Bolaños.

Em 1979, Villagrán deixou os programas “Chaves” e “Chapolin” para tentar carreira solo. A partir daí, houve uma série de troca de farpas públicas entre ele e Roberto Bolaños, que não o autorizou a usar o personagem em um programa só seu na Televisa. Carlos Villagrán reivindicou como sua a criação do personagem Quico junto à Justiça mexicana, mas não obteve sucesso.

A saída que Villagrán encontrou foi mudar de país para driblar, de certa forma, os direitos autorais do personagem registrados em nome de seu desafeto. No começo dos anos 1980, aceitou uma proposta de uma emissora venezuelana para se apresentar com o menino mimado e bochechudo que lhe deu fama.

Naquele país, registrou o personagem com outra grafia – Kiko –, e fez programas como “Kiko Botones” e “Federrico”, mas nenhum alcançou o sucesso esperado. Villagrán e Bolaños chegaram a se encontrar em 2000, durante uma especial da Televisa em homenagem ao criador de “Chaves”. Mas não houve reconciliação até 2014, quando Roberto Bolaños morreu devido a problemas respiratórios, aos 85 anos.

Guardada as proporções, Maria Antonieta de las Nieves, a atriz que interpretava Chiquinha, também teve problemas com Bolaños por conta de direitos autorais da personagem. Segundo Fernández, no entanto, as diferenças com a artista ficaram para trás. Quando o criador do “Chaves” morreu, em 2014, Antonieta fez uma declaração emocionada.

“O dia de hoje, 28 de novembro de 2014, será um dia que tocará o coração de muitas gerações, a morte de Roberto Gomez Bolaños. Extraordinário comediante, escritor, ator, produtor e SER HUMANO. Independentemente dos atritos que tivemos nestes últimos anos, que realmente não foi diretamente com ele, para mim foi um grande exemplo, um estupendo amigo”, escreveu a atriz à época.

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