Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 29 de maio de 2023
O mesmo ar que respiramos pode ser fonte de energia limpa, aponta uma descoberta feita por cientistas da Universidade de Massachusetts Amherst, nos Estados Unidos. O estudo foi divulgado pelo portal Advanced Materials e, segundo relatos dos membros da pesquisa, a captação de eletricidade no ar acontece devido à presença de umidade, que é um vasto reservatório de água e energia sustentável.
A ideia parte do pretexto de uma nuvem, que é uma massa formada por gotículas de água carregadas de energia, é capaz de gerar os raios elétricos em determinadas condições.
As mesmas gotículas de água e energia estão no ar e, para captá-las, os cientistas desenvolveram um processo chamado “Efeito Genérico de Geração de Ar”.
Para isso, deve-se construir pequenos orifícios, também chamados de nanoporos, com menos de 100 nanômetros de diâmetros.
Funcionamento do processo
Como se fosse uma nuvem artificial, o equipamento formado por nanoporos pode ser criado a partir de quase todo tipo de material. Nele, a produção contínua de eletricidade deverá acontecer de maneira controlada e previsível.
Os “buraquinhos” chegam a ser mil vezes menor do que um fio de cabelo humano, perfeitamente apropriados para permitir que a água do ar passe e sofra uma troca dinâmica de adsorção e dessorção, resultando no carregamento da superfície.
As moléculas de água ficariam se movimentando de um lado para o outro no equipamento. Esta reação gera um desequilíbrio de cargas elétricas, agindo como se fosse uma bateria que permanece funcionando enquanto tiver umidade no ar.
Os membros da pesquisa descrevem a ideia como simples, mas promissora, porque a umidade está sempre no ar. Isto resolveria os problemas de outras fontes de energia limpa, como a eólica ou solar, que dependem das condições específicas do clima (vento, raio solar) para funcionarem.
Água doce
Um procurar do Instituto Cooperativo de Pesquisa em Ciências Ambientais da Universidade do Colorado, publicado na revista Ciência analisou a reserva de água dos maiores lagos globais por três décadas, que registraram reduções acentuadas nos últimos anos.
Cientistas afirmam que os principais fatores para essa redução vão desde condições climáticas até o consumo humano excessivo. Os pesquisadores envolvidos no projeto conseguiram observar, com imagens via satélite, por meio de modelos climáticos e hidrológicos, a redução em mais de 50% do volume de água desses grandes lagos e reservatórios naturais.
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