Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de janeiro de 2025
Claudia Raia, de 58 anos, usou suas redes sociais nessa quarta-feira (29) para se pronunciar sobre as críticas que tem recebido após revelar ter dado um vibrador de presente à filha, Sophia, quando a jovem completou 12 anos. A declaração da atriz gerou polêmica e resultou em uma série de ataques contra ela.
“Minha fala foi tirada de contexto. Sempre incentivei o diálogo aberto com meus filhos sobre todos os assuntos, incluindo educação sexual, de forma respeitosa e apropriada para cada idade. Como mãe, minha prioridade sempre foi criar um ambiente de confiança e informação. No entanto, entendo que cada família tem sua própria forma de lidar com esses temas, e respeito isso”, escreveu Claudia Raia.
A polêmica surgiu após uma entrevista da atriz ao programa Goucha, transmitido por um canal de TV de Portugal.
“Os brinquedos [sexuais] ajudam e muito. Hoje, os vibradores são brinquedos com prescrição médica. Tenho 17 vibradores em casa e quando a Sofia [filha de Claudia com Edson Celular] fez 12 anos, eu dei um vibrador para ela e disse: ‘Vá se investigar, vai saber do que você gosta’. Hoje é prescrição médica.”, afirmou a atriz na entrevista.
Após a notícia viralizar, vários internautas foram até o perfil de Claudia, no Instagram, para detonar a atriz. “Respeita a inocência das crianças”, escreveu uma. “Chegar nessa idade para falar asneiras”, criticou outra. “Ridícula e desnecessária”, detonou uma terceira.
Claudia também foi duramente criticada pela apresentadora Cariúcha no programa “Fofocalizando” de terça-feira. “Ela está cascuda, está pirando. Parece aquelas meninas que estão no mundo da lua. Se ainda fosse uma menina jovem falando essas besteiras”, detonou.
A filha de Claudia Raia hoje está com 22 anos. A atriz também é mãe de Enzo, de 27 anos, e de Luca, de quase 2 anos, do atual casamento da atriz com o ator Jarbas Homem de Mello.
Crianças e adolescentes devem ter contato com vibrador?
A psicóloga e sexóloga Damaris Baldacci aponta que a conversa sobre sexo é uma ferramenta importante para prevenir abusos, falando sobre os limites do corpo, quem deve ou não tocar neles.
No entanto, ela explica que falar sobre sexualidade é diferente de estimular o sexo em si, o que pode levar à erotização. “É natural que uma criança ou pré-adolescente comece a ter prazer nas zonas erógenas ao sentar em uma cadeira ou usar o chuveirinho, por exemplo, e isso não deve ser repreendido. Mas não é porque temos a terminação nervosa que precisamos antecipar o estímulo”, considera Damaris.
De acordo com a ginecologista Lauriene Pereira, meninas começam a ter interesse por sexualidade quando menstruam e sofrem alterações hormonais. Embora tenham curiosidade sobre o próprio corpo, a maioria delas não tem a perspicácia sobre brinquedos sexuais como os vibradores.
Quando o interesse surgir, os pais podem explicar como o produto funciona, mas sem a necessidade de estimular o uso dele. “Os pais são as melhores pessoas para falar sobre esse assunto porque as escolas estão mais reservadas sobre o assunto, mas não considero que esse seja o momento para dar um vibrador de presente. Com 12 anos é muito precipitado. Ela tem que ser preparada e saber o que é o sexo primeiro”, considera Lauriene.
No Ar: Pampa Na Tarde