Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de junho de 2022
Cleo, 39 anos de idade, se define como uma artista multi. Atriz, cantora, compositora e produtora, ela lançou seu primeiro livro de contos, intitulado “Todo mundo que amei já me fez chorar”, em parceria com a escritora Tatiana Maciel, em que fala sobre relacionamentos abusivos. Embora dividam a autoria do livro, ela não se considera escritora.
“Decidi conceber o livro após fazer um desabafo em minhas redes sociais e perceber que a quantidade pessoas que vivem relacionamentos tóxicos é maior do que eu pensava. Os vários relatos de seguidores comentando que já passaram por situações semelhantes fez nascer o desejo de escrever sobre isso. Mas eu não conseguia passar para o papel o que estava sentindo. Existia um bloqueio. Então convidei a Tati para criar essa história comigo, porque eu já conhecia o seu trabalho há um tempo e ela tem a capacidade de escrever sensações e sentimentos que parecem que são meus”, contou em entrevista.
Em um longo bate-papo, Cleo analisa que o tema tem sido mais debatido, mas percebe que nem sempre há abertura. “Existe muito tabu ao se falar sobre relacionamentos tóxicos. Porque falar sobre esse assunto é falar também sobre saúde mental. As pessoas que se encontram em relacionamentos tóxicos são pessoas que estão fragilizadas de alguma forma, vulneráveis. Ainda existe um enorme preconceito quando o assunto é saúde mental.”
De acordo com a atriz, a figura de “mãe” dos contos não é associada a de Gloria Pires porque as histórias do livro não são autobiográficas. “A individualidade da filha é algo que temos sempre que conquistar. E isso em uma relação entre mãe e filha com vidas públicas ou não. Não tive esse receio de ligarem isso à minha mãe porque é uma situação que sempre fazem, sempre existiu essa comparação entre nós duas e depois de muito tempo e trabalho consegui fazer com que algumas pessoas entendessem que somos indivíduos diferentes, com histórias e objetivos de vida diferentes. O livro é um compilado fictício de histórias nossas e de pessoas próxima a nós.”
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