Sexta-feira, 14 de Março de 2025

Home Política Congresso dribla ordens do Supremo e aprova projeto que permite ocultar “padrinhos” de emendas

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O Congresso Nacional aprovou um conjunto de regras que tenta adequar o processo de indicação de emendas parlamentares ao Orçamento às determinações do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo assim, manteve brechas que, na prática, oculta os parlamentares que repassaram a verba.

A proposta, segundo as Casas, busca refletir um plano aprovado pelo Supremo para retomar o pagamento de emendas e dar mais transparência aos recursos. Mas entidades de transparência avaliam que o texto ainda não é suficiente. O ministro Flávio Dino, relator do caso no STF, é da mesma opinião.

As emendas parlamentares representam uma parte — cada vez mais significativa — do Orçamento da União. São recursos que deputados e senadores destinam a seus redutos eleitorais para a realização de obras e projetos.

Desde o ano passado, o STF vem suspendendo as emendas por considerar que, pelos critérios que eram usados, não era possível saber qual parlamentar fez o repasse. Também não era possível rastrear o pagamento das emendas e conferir onde foram aplicas.

Por fim, o STF determinou que os critérios para a distribuição das emendas fosse mais claro. Atualmente, segundo os ministros, a escolha fica com poucos líderes que concentram a verba.

O STF alega que a sociedade precisa saber se o dinheiro está sendo bem aplicado ou desviado por esquemas criminosos.

Reação

Tentando atender aos pedidos do Supremo, a nova resolução do Congresso estabelece critérios para a aprovação de emendas parlamentares e alinha o processo de indicações a uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro passado.

O texto prevê ainda mudanças na Comissão Mista de Orçamento, colegiado de deputados e senadores responsável por analisar propostas orçamentárias.

Dentro das novidades da proposta aprovada pelo Congresso, estão modelos de atas para detalhar como se deu o procedimento de análise e aprovação de emendas em comissões e em bancadas estaduais.

Essas atas são a aposta do Congresso para afirmar a transparência. (Portal G1)

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