Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

Home Mundo Conselho Europeu pede que países abram fronteiras para russos convocados

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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu neste sábado (24) para que líderes europeus abram suas fronteiras “para aqueles que não querem ser instrumentalizados pelo Kremlin”, segundo o site Politico. A declaração ocorreu após o discurso de Michel na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na sexta-feira (23) e antecede a reunião de embaixadores da União Europeia (UE) na segunda-feira (26).

“Em princípio, penso que a União Europeia (deveria) acolher aqueles que estão em perigo em razão de suas opiniões políticas. Se as pessoas estão em perigo na Rússia por causa de suas opiniões políticas, só porque não acatam essa decisão maluca do Kremlin de lançar uma guerra na Ucrânia, devemos levar isso em consideração (de abrir as fronteiras)”, disse Michel.

Fato novo

Michel avaliou ainda que a convocação de Putin “é um fato novo” e que precisa de iniciativas de líderes europeus para lidar com a saída de russos do país após a iniciativa do Kremlin. Na Rússia, a insatisfação cresce. Aldeões, ativistas e até algumas autoridades eleitas estão questionando por que a campanha de recrutamento tem como alvo grupos minoritários e áreas rurais em detrimento das grandes cidades.

Dois casos específicos chamaram a atenção nesta sexta-feira, 24. Segundo líderes comunitários das montanhas do Cáucaso e da região nordeste de Yakutia, uma extensão pouco povoada que abrange o Círculo Ártico, vilarejos remotos com grande parte da população masculina em idade ativa recebeu avisos de recrutamento nos últimos dias. Conforme esses líderes, famílias que subsistem da terra ficaram sem homens por perto para trabalhar antes do longo inverno.

“Temos pastores de renas, caçadores, pescadores. E eles já eram poucos”, disse Vyacheslav Shadrin, presidente do conselho de anciãos de um pequeno grupo indígena conhecido como Yukaghirs, em entrevista por telefone. “Mas eles são os que estão sendo convocados.”

Fila de 13 quilômetros

Na tarde deste sábado (24) a fila na fronteira russa com a Geórgia era de 2 mil carros, por volta de 13 quilômetros – antes da convocação, o fluxo era de 50, de acordo com dados russos. O ponto de passagem geralmente só consegue processar 2 mil carros por dia, o que significa que as pessoas podem ter que esperar pelo menos 24 horas para cruzar a fronteira.

Oficialmente, o Kremlin disse que os relatos de migração em massa “são exagerados”. Neste sábado, de acordo com o Washington Post, pelo menos 730 pessoas foram presas durante protestos contra a medida.

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