Domingo, 12 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 12 de janeiro de 2025
O consulado da Venezuela em Lisboa, Portugal, foi alvo de um ataque com artefato explosivo na noite de sábado (11). Ninguém ficou ferido, segundo relatou uma fonte da polícia portuguesa à Agência Lusa – veículo estatal de notícias.
Em nota publicada nas redes sociais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal condenou o ato e disse ter determinado a abertura de investigação para apurar o episódio.
“O Governo português condena veementemente o ataque ao consulado da Venezuela em Lisboa. Determinou um reforço imediato da segurança e a cabida investigação policial. É um ato intolerável. A inviolabilidade das missões diplomáticas tem de ser respeitada em todos os casos”, afirma o comunicado.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, também se manifestou nas redes sobre o ataque.
“Hoje, o fascismo atacou com bombas incendiárias nossa sede do Consulado Geral em Lisboa, Portugal, atentando contra os serviços prestados a nossos compatriotas”, escreveu.
“As agressões irracionais de grupos desequilibrados não poderão reverter os avanços da Revolução Bolivariana. Agradecemos a rápida intervenção das autoridades portuguesas que evitou maiores danos”, adicionou o ministro.
“Esperamos que as investigações iniciadas nos permitam encontrar os responsáveis e determinar as responsabilidades correspondentes”, concluiu Gil.
Na última sexta-feira (10), Nicolás Maduro assumiu o terceiro mandato como presidente da Venezuela na Assembleia Nacional, em Caracas.
A posse ocorreu em meio a um cenário de turbulência política, no qual Maduro enfrenta contestações sobre resultado da eleição realizada em julho do ano passado e acusações de violência contra opositores.
Em seu discurso de posse, Maduro afirmou que há paz na Venezuela e que seu governo garantirá a soberania nacional.
“Eu disse que haveria paz, e há paz. E haverá paz. Somos guerreiros da história, e garantiremos a paz e a soberania nacional para sempre”, destacou, adicionando que é um momento de “fortes emoções”.
Durante a fala, ele também fez críticas a líderes internacionais, como Javier Milei, presidente da Argentina, e Álvaro Uribe Vélez e Iván Duque, ex-presidentes da Colômbia.
Trump
A líder da oposição da Venezuela, Maria Corina Machado, agradeceu o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo que definiu como “apoio inabalável”.
“Presidente Trump, seu apoio inabalável à luta da Venezuela pela democracia é profundamente valorizado. Com coragem extraordinária, o povo venezuelano desafiou consistentemente o medo e a repressão brutal, permanecendo unido para rejeitar um regime criminoso desesperado para se agarrar ao poder e fugir da justiça”, disse ela em uma publicação na rede social X.
A opositora acrescentou que a preocupação oportuna e decisiva do republicano com a segurança dela foi “um ponto de virada”.
Ainda na publicação, Maria Corina afirmou que Nicolás Maduro, que assumiu o terceiro mandato na sexta-feira (10), e os aliados dele vão fracassar e que o povo venezuelano está decidido na “busca pela liberdade e pela dignidade”.
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