Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de outubro de 2022
O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo, e muito tem se falado sobre os seus benefícios para a saúde, que pode reduzir a absorção de diterpenos, reduzir o risco de morte, demência, diabetes, doenças cardíacas e até alguns tipos de câncer. Há, no entanto, uma parcela da população que deve se manter afastada dessa bebida: as crianças.
Profissionais da saúde, especialmente pediatras, já alertam os pais há muito tempo dos perigos de dar bebidas cafeinadas para os pequenos, o que inclui não apenas café, mas também alguns chás e refrigerantes e energéticos no geral. Estudos em diversos países mostram que, mesmo assim, alguns dos adultos responsáveis não cumprem com esses pedidos, e há mesmo quem dê café para bebês de 1 ano de idade.
Os problemas
A Academia Americana de Pediatria recomenda não dar café, chá, refrigerante, energético e nenhuma outra bebida cafeinada para crianças abaixo dos 12 anos de idade: após isso, adolescente entre 12 e 18 anos devem limitar o consumo para 100 miligramas por dia, o tamanho médio de uma xícara de café comum. O Ministério da Saúde brasileiro recomenda evitar os mesmos líquidos nos primeiros anos de vida, não especificando idade.
Uma lata de energético pode possuir até 250 miligramas de cafeína, a depender da marca, e uma xícara de chá até 47 miligramas; um refrigerante cafeinado, 46. Chocolates também trazem um pouco da substância, aumentando de acordo com a cor do alimento – quanto mais escuro, mais cafeína. Até mesmo produtos relacionados, como gomas de mascar, balas, barras de cereal e sorvetes sabor café podem contê-la.
Crianças têm corpos menores, o que significa que precisam de menos cafeína para serem afetadas negativamente por ela. Uma quantidade inofensiva para um adulto pode ser demais para um infante, causando aumento da taxa de batimentos cardíacos e pressão sanguínea, provocar refluxo, causar ansiedade e problemas com o sono. Batimentos irregulares, ou taquicardia, podem levar uma criança à emergência por conta da cafeína.
À medida que crescem, o limite de consumo de cafeína vai aumentando, já que o corpo consegue metabolizar melhor. Se a criança for pequena para sua idade, no entanto, ou tiver enxaquecas, problemas de coração ou convulsões, podem ser mais sensíveis à cafeína. Por isso, não é bom descuidar: geralmente, o consumo começa com o infante pedindo para beber um pouquinho após ver adultos e irmãos mais velhos bebendo, o que deixa uma impressão de ser “bebida de adulto”.
Açúcar
Os pais podem achar que está tudo bem dar um gole, que não fará mal. Começando assim, a dose pode ir aumentando, e fica mais fácil simplesmente ceder do que brigar com a criança para que não beba mais. É melhor, dizem especialistas, nem começar com isso. Mas há outras questões além da cafeína que podem deixar a bebida prejudicial para as crianças.
Falamos dos adoçantes e demais complementos. O valor nutricional do café é baixo, e pode estar substituindo bebidas mais completas, como leite ou água, que têm vitamina D e cálcio, no primeiro caso, e nutrientes, no segundo. Do açúcar e creme no café, as bebidas cafeinadas foram evoluindo, e hoje em dia locais especializados adicionam tantos elementos que acabam tornando-o basicamente uma sobremesa.
No Ar: Show de Notícias