Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024

Home Notícias Críticas em inglês e até pedido de impeachment: políticos desafiam Moraes e descumprem bloqueio do X

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Suspenso no Brasil desde a noite dessa sexta-feira (30), o X vem recebendo postagens de políticos, que ferem o bloqueio no intuito de criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Responsável por tirar a plataforma do ar no País, o magistrado é alvo de publicações de nomes como o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

Nesse domingo (1º), o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou um abaixo assinado pelo impeachment de Moraes. “Assine para o resgate da democracia no Brasil”, escreveu em mensagem publicada em inglês.

A movimentação acompanhou outros políticos do Congresso Nacional. Na madrugada de sábado, Nikolas Ferreira já havia criticado o ministro em post que o comparou ao vilão da saga Harry Potter, o Lorde Voldemort.

“Mesmo que talvez eu seja multado em quase US$ 9 mil por dia, eu não vou dar para trás, especialmente considerado que o STF ainda está postando no X. Se eles podem, nós podemos. A tirania do ditador Voldemort não prevalecerá”, disse o deputado, também em inglês.

Sua postagem é similar a de um colega de Casa Legislativa, Marcel Van Hattem, do Partido Novo. Assim como Nikolas, ele falou sobre o risco de ser multado. ” No Brasil, deixamos de ter o X desde meia-noite. Estou tuitando isso com VPN. Esse tuite pode me custar quase dez mil doláres (…) minha dignidade vale muito mais que isso”, afirmou.

Fora do Parlamento, o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus Simões (Novo), também confessou usar VPN para entrar na plataforma: “VPN funcionando. Nunca me imaginei praticando e propagando desobediência civil, mas censura não pode ser admitida, jamais”. A mensagem foi elogiada pelo empresário sul-africano e dono do X, Elon Musk, que reagiu com “Bravo!”.

Entenda o caso

Na sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu o X no país. O bloqueio ocorre após a rede social ter descumprido uma ordem da Suprema Corte para indicar um representante legal no país.

Em seu despacho, ele cita dispositivos do Marco Civil da Internet, que prevê a suspensão temporária das atividades de plataformas que, entre outros atos, não respeitarem a legislação brasileira e o sigilo das comunicações privadas e dos registros.

O uso do VPN para acessar o X também está proibido, sob multa de R$ 50 mil. A tecnologia permite que o usuário se conecte a redes do exterior e, assim, consiga acessar a plataforma.

Em decisão expedida na sexta, o magistrado justificou que as sanções seriam submetidas a todas as “pessoas naturais e jurídicas que incorrerem em condutas no sentido de utilização de subterfúgios tecnológicos para continuidade das comunicações ocorridas pelo ‘X’, tal como o uso de VPN, sem prejuízo das demais sanções cíveis e criminais, na forma da lei”.

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