Sábado, 28 de Setembro de 2024

Home Política Datena e Pablo Marçal já moveram na Justiça mais de dez ações entre si após o episódio da cadeirada

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Candidatos à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) levaram para os tribunais mais de uma dezena de ações judiciais após o episódio que culminou na agressão do jornalista contra o empresário, durante debate da TV Cultura. São ao menos 15 processos até o momento, sendo 12 deles provenientes do candidato do PSDB.

A mais recente foi protocolada por Marçal na quinta-feira (26). O ex-coach pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais por conta da cadeirada de que foi alvo de Datena. A defesa escreveu na ação que a agressão provocou “efeitos devastadores” e “constrangimento e humilhação pública” a Marçal.

Nessa sexta (27) o candidato disse que, caso ganhe a causa, vai doar o valor de indenização para mulheres “em situação de vulnerabilidade, que são vítimas de atos covardes de violência”.

A cadeirada aconteceu depois de Marçal citar acusação de assédio sexual contra Datena e chegar a chamá-lo de “jack”, gíria para estuprador, em um episódio relatado por uma ex-repórter do Brasil Urgente, da Band, e que acabou arquivado.

Entre o final da semana passada e o início desta, a defesa de Datena ingressou com notícia-crime na Justiça Eleitoral contra o empresário por vídeos em que ele acusava o apresentador de agressão contra mulheres e nos quais voltava a vincular acusações sobre o processo de assédio.

Vídeos das redes sociais de Marçal foram derrubados e a defesa de Datena obteve direito de resposta nos perfis do candidato do PRTB. As postagens tinham declarações do ex-coach como “isso aqui é sinal de gente que não tem inteligência emocional, de gente que é agressora, assedia mulheres e usa seu poder para calar mulheres” e uma live em que Marçal se referiu a Datena como “esse agressor sexual “.

“Ingressamos com 12 ações, representações criminais, direitos de resposta e remoção de posts ofensivos e todas as decisões do judiciário eleitoral foram deferidas. Marçal agiu com requintes de crueldade contra a dignidade do Datena”, diz Eduardo Leite, advogado do tucano.

Leite diz que as acusações feitas por Marçal são “mentirosas” e que o processo por assédio foi considerado improcedente na justiça trabalhista. O advogado afirma ainda que, na esfera criminal, o caso foi arquivado por falta de prova e que a suposta vítima foi processada por calúnia e difamação.

A defesa de Marçal ingressou também com outros pedidos na Justiça contra Datena, além da indenização por danos morais.

Os advogados do empresário tentaram suspender na Justiça Eleitoral a participação de Datena no debate da RedeTV!, que foi realizado em 17 de setembro, dois dias depois da cadeirada, em razão da agressão do jornalista contra o candidato do PRTB. O pedido, no entanto, foi negado. Outro caso foi um pedido de investigação pelo crime de injúria por parte de Datena contra Marçal, ainda em tramitação.

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