Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 15 de junho de 2023
Deborah Secco relembrou detalhes das gravações de Bruna Surfistinha (2011), filme no qual ela deu vida à famosa garota de programa que adotava este pseudônimo. Durante sua participação no podcast Acompanhadas, a atriz falou sobre a frieza que ela precisou incorporar para retratar a história de Raquel Pacheco.
No programa, que é apresentado por Nina Sag e também por Raquel, Deborah contou que nos bastidores da fatídica cena em que Bruna afirma que não iria ‘dar, mas ‘distribuir’ por ‘vintão’ [de reais], ela ficou tão abalada que chegou a desmaiar sobre um dos supostos clientes.
“Depois da gravação na fila a gente foi fazer as cenas no quarto, vários clientes, era um clipezão de vários clientes, até que eu desmaio em cima de um cliente, e muito calor, e os homens suando em cima de mim, a maioria deles eram amigos, atores escolhidos por mim, a gente fez esse elenco juntos até para que eu me sentisse o mais confortável possível, mas é muito desconfortável”, descreveu.
Deborah também afirmou que, naquele momento, ela viveu na pele o que garotas como Bruna Surfistinha sentiam: “Aquele lugar, o cheiro, o calor, aquelas pessoas suadas em cima de mim, e eu também sem roupa, o tempo inteiro exposta ali, eu lembro que terminei esse dia, tomei um banho, esfregava meu corpo, pensei: ‘meu Deus imagina a dor dessas meninas, eu não fiz nada e só de buscar essa energia já me dói tanto, imagina a dor dessas meninas’”.
Mas interpretar essa personagem foi ainda mais transformador do que Deborah Secco podia imaginar. Aos 43 anos, ela vem se desconstruindo cada vez mais quando o assunto é sexo. Para a atriz, sua intimidade ganhou um outro significado depois de descobrir o que realmente lhe dava prazer. Além disso, Deborah também foi capaz de entender que é normal nem sempre estar afim de transar.
“Eu me vi adolescente fazendo isso assim, achando ruim, doendo, continuando, fingindo, mentindo… Nossa, demorei anos para descobrir que eu não ia conseguir gozar com penetração e que estava tudo bem, sabe? (…) É tudo tabu, e é tudo proibido. Então a minha ideia quando falo sobre isso publicamente é que a gente tenha mais voz, que isso não seja uma dor silenciosa, porque é para muitas mulheres”, explicou.
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