Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 19 de setembro de 2022
Morta no dia 8 de setembro, a rainha Elizabeth II ainda não teve a causa de sua morte revelada pelas autoridades britânicas. Antes dela, pelo menos outras cinco mulheres tornaram-se rainhas da Inglaterra por direito próprio — ou seja, não pela via do casamento, mas por serem apontadas como as legítimas sucessoras do trono. Decapitação, varíola, envenenamento por chumbo estão entre as causas das mortes dessas monarcas, que governaram a ilha britânica entre 1553 e 1901.
Mary I
Apontada como a primeira mulher a ser rainha da Inglaterra por direito próprio — ou seja, não por via do casamento —, Mary Tudor governou a ilha britânica de 1553 a 1558. O reinado conturbado rendeu a monarca a alcunha de Bloody Mary (Maria Sangrenta).
Ela era filha de Henrique VIII com a espanhola Catarina de Aragão. Como o rei teve seu casamento com a princesa ibérica anulado, Mary tornou-se herdeira ilegítima ao trono. Ela, no entanto, ascendeu ao cargo de rainha com a morte do meio-irmão Eduardo VI, rei entre 1547 e 1553.
Durante os seus 5 anos no trono, protestantes foram perseguidos ao se recusarem a se converterem ao catolicismo. Cerca de 280 foram executados e outros 800 deixaram o país.
Historiadores acreditam que a monarca tenha morrido aos 42 anos em decorrência de um câncer no útero.
Lady Jane
Antes de Mary I, Joana Grey, conhecida como Lady Jane, reinou por apenas nove dias. Seu curto período no trono faz com que ela não seja listada entre os monarcas oficiais da Inglaterra.
Ela ascendeu ao cargo após a morte do rei Eduardo VI, filho de Henrique VIII, e de quem era prima de segundo grau. Dono de uma saúde frágil a vida inteira, o monarca de apenas 16 anos estava ciente de que seu fim estava próximo quando apontou Lady Jane para sua sucessão, sob forte influência do duque de Northumberland, que era sogro da futura monarca. Edward VI fez isso ao declarar as meia-irmãs Mary e Elizabeth, também filhas de Henrique VIII, como ilegítimas. Um dos motivos para tanto era o fato de Mary ser católica e Eduardo VI, protestante.
Mary Tudor, no entanto, tinha ao seu lado o apoio da população e o testamento de Henrique VIII, que a designava como herdeira ao trono. Assim, Mary acabou destronando Lady Jane e tomando para si o título de rainha. Lady Jane chegou a ser presa na Torre de Londres. Em novembro de 1553, ela foi condenada por traição e acabou decapitada.
Elizabeth I
Última da linhagem dos Tudor, Elizabeth reinou entre 1558 e 1603. O fato de nunca ter se casado fez com que ficasse conhecida como a “rainha virgem”.
Assim como Mary I, Elizabeth I era filha de Henrique VIII e o casamento de sua mãe com o rei também acabou anulado pela vontade real. Filha de Anna Bolena, Elizabeth chegou a ficar presa por um curto período de tempo na Torre de Londres durante o reinado da meia-irmã, que temia eventuais ambições suas de subir ao trono.
A campanha contra o protestantismo iniciada pela irmã e guerras contra a França e a Espanha foram alguns dos desafios de seu longevo reinado.
Morta aos 69 anos, a causa exata de sua morte é um mistério. Entre as possibilidades aventadas por especialistas estão a intoxicação por chumbo causada pelo uso de uma maquiagem popular na época. Câncer e pneumonia também são apontadas possíveis causas.
Mary II
Ela e o marido, Guilherme de Orange, tornaram-se reis da Inglaterra, Escócia e Irlanda após a chamada Revolução Gloriosa, que depôs o monarca católico James II.
Os dois dividiram o poder até a morte de Mary II, em 1694, quando seu marido se tornou o único regente. A rainha morreu após ter contraído varíola aos 32 anos.
Anne
Última monarca da linhagem dos Stuart, Anne reinou durante 1702 e 1714 e era irmã mais nova de Mary II. Ela subiu ao trono após a morte do genro, Guilherme de Orange.
Anne sofria de diversos problemas de saúde, como gota. Ao longo de sua vida, teve 18 gestações, sendo que apenas cinco nasceram vivos. Apenas um viveu mais tempo, mas ainda assim faleceu aos 11.
A rainha Anne morreu aos 39 anos após sofrer uma série de derrames.
Victoria
A última monarca da casa de Hanôver, ela detém um dos reinados mais longos da Grã-Bretanha, indo de 1837 até 1901. É de seu casamento com o príncipe Albert de Saxe-Coburg-Gotha que descende a atual família real britânica.
Victoria morreu aos 81 anos de idade. Ela sofreu uma hemorragia cerebral após uma sucessão de derrames. No entanto, sua saúde já havia se tornado debilitada nos últimos anos. Ela já havia perdido parte da visão por conta de catarata e era obrigada a usar uma cadeira de rodas por conta de seu reumatismo.
No Ar: Pampa Na Tarde