Quinta-feira, 02 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de dezembro de 2024
A defesa do general Mário Fernandes vai recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que negou o pedido de revogação de sua prisão preventiva. Marcus Vinicius Figueiredo, advogado do general, vai requisitar ao próprio Moraes que remeta o pedido de soltura de Fernandes para ser julgado pelo plenário do STF.
Fernandes, preso desde 19 de novembro, aparece no relatório da Polícia Federal (PF) como o idealizador do plano Punhal Verde Amarelo, que previa não só um golpe de estado, mas a eliminação de Lula, Geraldo Alckmin e Moraes. No entanto, as chances de Moraes aceitar que sua decisão monocrática seja discutida em plenário é a mesma de o Nicolás Maduro reconhecer que sua eleição foi fraudada.
A propósito, Moraes não quer nem conversa com a defesa de Fernandes. No dia 17, Figueiredo pediu ao ministro uma audiência para tratar do caso. No dia seguinte, recebeu do gabinete de Moraes um formulário que deveria ser preenchido com o pedido. O documento foi assinado e entregue horas depois ao Supremo. E até agora, mais de dez dias depois, nada de resposta.
Tentativa de golpe
O ministro Alexandre de Moraes manteve as prisões preventivas dos generais Walter Braga Netto e Mario Fernandes.
Braga Netto foi preso por tentativa de interferir na investigação do plano de golpe de Estado e tentar acesso ao conteúdo da colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Os dois foram presos no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. O ministro segue o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contra a soltura de ambos, e rejeitou os pedidos das defesas.
No dia 14 deste mês, Braga Netto foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, que tramita na Corte.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o general da reserva e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022 estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
A Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.
Conforme as investigações, o general Mário Fernandes foi um dos militares mais engajados na tentativa de golpe e atuou tanto para convencer seus superiores como na interlocução com grupos bolsonaristas golpistas inconformados com a derrota eleitoral. As informações são do blog de Lauro Jardim no portal de notícias O Globo.
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