Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de janeiro de 2023
A associação de gatos pretos ao azar e superstições acaba sendo cruel para a vida deles. Em datas como sexta-feira 13 e Halloween, esses felinos chegam a sofrer maus-tratos, mas esses problemas se estendem para o ano inteiro.
Segundo dados da ONG brasileira Catland, especializada no resgate e adoção de gatos, dos 300 animais atualmente que estão à espera de um lar, cerca de 60% têm o pelo na cor escura.
“Vem ninhadas de todas as cores, os outros são adotados e eles encalham. Já ouvi histórias de pessoas que não adotam por não sair bem em foto, por conta dos pelos pretos serem mais vistos pela casa”, conta Perla Poltronieri, fundadora e presidente da ONG.
Ela diz que é nítido o preconceito por conta da cor do gato e há quem acredite em boatos como, por exemplo, que eles seriam mais suscetíveis a transmissão de doenças. Além disso, Perla chama atenção para a necessidade de mudar esses pensamentos para garantir a segurança dos animais.
“Azar vem de escolhas ruins e não de um gato que cruza na sua frente. Um gato preto pode sim trazer amor, alegria, cumplicidade e lealdade para sua vida”, completa. Para ela, a informação é a saída para desvincular o animal dessas crendices.
Onde surgiu os boatos
A reputação negativa surgiu ainda na Idade Média, quando a cor escura do pelo dos gatos era associada às trevas. Existia um forte mito de que estes animais eram, na verdade, bruxas disfarçadas. Daí então a crença que se perdura por gerações que cruzar com um gato preto é sinal de azar.
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