Sábado, 23 de Novembro de 2024

Home Saúde Dez mitos e dez verdades para ajudar a esclarecer dúvidas sobre a fertilidade

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Ovários policísticos, endometriose, excesso de exercícios ou obesidade, chás, todo tipo de dúvida pode ser desmistificada com informação de qualidade. Confira a seguir 10 mitos e 10 verdades sobre a fertilidade:

Mitos

1. Mulheres com apenas uma trompa e um ovário não conseguem engravidar: Se o ovário produzir óvulos e a trompa não estiver obstruída, a mulher consegue, sim, engravidar.

2. Mulheres com ovários policísticos são inférteis: A SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) pode, realmente, levar à dificuldade de ovular, e até a ausência de ovulação, mas isso não quer dizer que a gravidez seja impossível. Quando a ovulação não acontece de forma natural, há estratégias e medicamentos que podem ser usados para estimular a ovulação e conseguir a gravidez.

3. Quando a mulher tem o útero voltado para trás (retrovertido) fica muito mais difícil de engravidar: O útero retrovertido não ocasiona dificuldade para engravidar. Esta é apenas uma variação de posição do órgão.

4. Quem já sofreu abortos naturais tem menos chance de engravidar: Abortos espontâneos não impedem nem atrapalham futuras gestações, mas vale lembrar que, no caso de curetagem – cirurgia, que retira os restos ovulares de um abortamento –, pode ocorrer a formação de aderências intrauterinas conhecidas por sinéquias, o que pode sim dificultar gestações quando não diagnosticadas.

5. Quando a mulher menstrua muito cedo tem mais dificuldade para engravidar: Não existe nenhuma relação da idade da primeira menstruação com a dificuldade da mulher engravidar.

6. Chás naturais e alimentos afrodisíacos aumentam as chances de gravidez: Não existe comprovação científica sobre o assunto. O que pode acontecer é que algumas ervas, como a camomila e a erva-cidreira acalmam algumas pessoas. E, assim, contribuem para a pessoa ficar mais relaxada. Em relação aos alimentos, ainda não há estudos que comprovem a associação de qualquer alimento específico com o aumento da fertilidade.

7. Óvulos congelados ficam velhos: A vitrificação é uma das técnicas mais modernas para o congelamento de óvulos.  Os óvulos são congelados a uma temperatura de (-196°C) nos tanques de nitrogênio líquido. A esta temperatura os óvulos são conservados com as mesmas características do dia em que foram congelados, sem envelhecer.

8. O uso contínuo do anticoncepcional é uma forma de poupar óvulos: O anticoncepcional faz com que a mulher não libere o óvulo, mas a perda de folículos e a diminuição do estoque de óvulos são contínuas. Isso acontece independentemente de ela usar anticoncepcional ou não, ou se menstrua ou não regularmente.

9. Casais com menos de 35 anos de idade não têm problemas para engravidar: Estudos recentes revelam que cerca de 15% a 20% dos casais podem sofrer de infertilidade. Por isso, após doze meses de tentativas, se a gravidez não ocorrer, é recomendável que se procure um médico especialista em reprodução humana para a realização de exames específicos para investigar o que está acontecendo.

10. A mulher que faz tratamento para engravidar terá gêmeos ou trigêmeos: Estudos comprovam que o índice de gerar mais de um bebê, após tratamentos e técnicas – como fertilização in vitro ou inseminação artificial – é de 20%. Ou seja, na grande maioria das vezes a gravidez é de um bebê só.

Verdades

1. Depois dos 35 anos, é mais difícil engravidar naturalmente: A chance de engravidar, em relação ao número de tentativas por mês, é de 25% aos 25 anos; 10% aos 35 anos; 10% aos 40 anos; e 5% aos 43 anos.

2. Os agrotóxicos podem causar infertilidade: O contato contínuo com agrotóxicos pode causar, além de infertilidade, abortos, impotência, câncer e malformações fetais. Por isso, é fundamental ter cuidado com a exposição direta aos agrotóxicos e com a origem de frutas e vegetais consumidos.

3. Quem malha excessivamente tem mais dificuldade para engravidar: O excesso de exercícios diminui a quantidade de gordura no organismo e, consequentemente, a produção hormonal sofre alterações. Para se ter uma ideia, uma queda grande no nível de estrogênio pode produzir a amenorreia, que é a ausência de menstruação.

4. As chances de gravidez, depois dos 40 anos, podem ser maiores quando se utiliza a ovodoação: A taxa de gestação com óvulos doados são de 50% a 60%. Isso acontece porque as doadoras de óvulos têm até 35 anos de idade.

5. O fumo, o álcool e as drogas prejudicam a fertilidade: Cigarro, bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas prejudicam muito a fertilidade. Os homens podem produzir espermatozoides com morfologia alterada e com dificuldade de locomoção. No caso da mulher, as drogas alteram a qualidade dos óvulos, além de ocasionar a menopausa precoce.

6. A obesidade pode causar infertilidade: Já está comprovado que a obesidade pode ocasionar importantes disfunções hormonais que, consequentemente, prejudicam o ciclo menstrual e a ovulação. Além disso, no caso de indução da ovulação para ciclos de reprodução assistida, o excesso de peso diminui a resposta ovariana às medicações, levando a uma menor quantidade de óvulos.

7. O stress prejudica a fertilidade: Situações extremas de ansiedade, pressão e estresse podem provocar disfunções hormonais e alterar o ciclo hormonal.

8. Doenças sexualmente transmissíveis podem alterar a fertilidade: Cerca de 25% dos casos de infertilidade podem ter relação com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), principalmente as infecções por clamydia, ureaplasma e neisseria gonorreae.

9. A endometriose causa infertilidade: Cerca de 30% a 40% das mulheres que sofrem de endometriose têm infertilidade, no entanto, não é toda mulher que tem endometriose que não consegue engravidar.

10. Magreza excessiva afeta a fertilidade: Mulheres com magreza extrema têm diminuição na produção de leptina, um hormônio importante e necessário durante o ciclo menstrual, além de baixo percentual de gordura periférica necessária para a conversão hormonal.

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