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Por Redação Rádio Pampa | 17 de dezembro de 2023
A campanha Dezembro Laranja, em conjunto com a chegada do verão e a consequentemente maior exposição ao sol, ocorre para conscientizar as pessoas sobre o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), este tipo da doença é o mais frequente no Brasil e corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no país.
Dados do INCA ainda estimam que, até 2025, o Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer de pele por ano. De acordo com Rodrigo Munhoz, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, a identificação precoce da doença aumenta absurdamente sua chance de cura.
Atualmente, existem muitas ferramentas médicas para fazer isso, mas é importante entender os sinais da doença que podem ser percebidos pelo próprio paciente.
Nem toda mancha ou pinta que surge na pele é sinal de malignidade. Além disso, nem sempre o câncer de pele é sinônimo de prognóstico negativo. Dependendo do tipo da doença, ela pode ser tratada e eliminada de forma simples e rápida.
Para tanto, é preciso que haja um diagnóstico confiável, realizado por um(a) especialista. Ainda assim, conhecer os tipos e características da doença pode ajudar a saber quando procurar ajuda profissional.
Basicamente, existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. Na sequência, deixamos uma breve explicação sobre cada um deles.
Câncer de pele tipo melanoma
Os tumores de pele do tipo melanoma surgem nos melanócitos (células produtoras de melanina). Apesar de ser mais incidente nas pessoas de pele clara, pode acometer também quem tem pele mais escura. Por isso é tão importante a prevenção.
Esse é o tipo mais grave da doença. Isso porque apresenta alta possibilidade de metástase, quando o câncer se dissemina para outros órgãos. Ainda assim, o prognóstico pode ser positivo com diagnóstico na fase inicial e rápida adoção de tratamento adequado. Em algumas situações, ele pode ser feito com imunoterapia, em outros, pode ser necessário realizar uma cirurgia para o tratamento do câncer tipo melanoma.
O melanoma, em geral, se desenvolve em áreas mais frequentemente expostas ao sol e em pintas ou sinais já existentes. Diante disso, é importante saber como perceber a evolução por alguns aspectos da chamada regra ABCDE, como mostraremos mais a frente, em detalhes.
Câncer de pele não melanoma
O tipo não melanoma responde a aproximadamente 95% do total dos casos de câncer de pele no Brasil, com cerca de 177 mil casos anuais, conforme o INCA (Instituo Nacional de Câncer). Este é o tipo de câncer mais frequente no país. De modo geral, o não melanoma se origina na camada superficial da pele e apresenta menor mortalidade quando comparado ao melanoma.
Mais comum em pessoas acima de 40 anos, esse tipo de câncer se subdivide em dois outros tipos da doença:
carcinoma basocelular – surge como uma lesão sólida e brilhante, com menos de 1 centímetro. Aumenta lentamente e, após alguns meses ou anos, apresenta uma borda perlácea brilhante, com vasos sanguíneos dilatados;
carcinoma espinocelular – começa como uma lesão dura ou uma crosta de superfície escamosa. Aos poucos, pode se tornar nodular ou hiperceratosa, às vezes como verruga.
Principais sintomas
Como em todos os tipos da doença, os sintomas do câncer de pele variam de pessoa para pessoa e podem se manifestar em momentos diferentes. De modo geral, podemos destacar alguns desses sinais. Assim, é importante ficar atento às seguintes mudanças:
– alterações em pintas ou sinais na pele (crescimento, coceira, sangramento ou mudança de cor, tamanho ou espessura);
– lesão rosada ou avermelhada que apresente um crescimento lento, mas constante;
– ferida que demora a cicatrizar (mais de quatro semanas);
– mancha de nascença que mude de cor, espessura ou tamanho.
Método ABCDE
No entanto, para o melanoma, há um método clássico para ajudar na identificação precoce. É o método ADCDE, como ressalta o médico Rodrigo Munhoz.
A: Assimetria
B: Bordas irregulares
C: Coloração heterogênea
D: Dimensões maiores do que 5 a 6 milímetros
E: Evolução ou elevação
Já para o não melanoma, se manifestará em áreas que foram cronicamente danificadas pelo sol.
O médico alerta ainda: “Toda lesão de pele que não se cicatriza, que coça muito, tem ardência deve ser investigada”. Nessas condições, então, torna-se necessário consultar um especialista.
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