Sexta-feira, 07 de Março de 2025

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Dia 8 de março é o “Dia Internacional da Mulher”. Mas o que mesmo as mulheres têm para comemorar? A história nos conta que, no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos situada na cidade de New York, nos E.U.A, fizeram uma vasta greve, ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores salários e condições de trabalho.

Como punição pela “audácia”, elas foram trancadas dentro de um dos galpões da fábrica, que foi incendiado e aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. A greve de 1857 realmente aconteceu e o incêndio também, mas quanto à morte das trabalhadoras não há registros oficiais, mas dado ao período histórico e a cultura de poder masculino da época, podemos imaginar porque não existem registros.

Porém, no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou estabelecido que o dia 08 de março seria o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às mulheres grevistas de 1857. No ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Só para começar a reflexão, foi preciso 118 anos para a data ser reconhecida e oficializada, a partir daí, dá para ter ideia da luta das mulheres para conquistar e garantir seus direitos, junto à sociedade dos homens.

Apenas em 1932 as mulheres conquistaram o direito ao voto aqui no Brasil, a própria família por questões de convenções culturais da época (mulher era para casar e criar filhos), não apoiava o estudo para elas e os casamentos, eram quase sempre arranjados pelos pais. Vamos verificar algumas estatísticas.

Sabe qual é o lugar mais inseguro para uma mulher aqui no Brasil? É a própria casa, pois 48% delas sofrem violência em seu lar, 3 em cada 5 mulheres já sofreram violência em seu relacionamento, 77% sofrem agressões de toda ordem, diárias ou semanais e a grande maioria, recebe 74% do salário de um homem no desempenho da mesma função profissional.

Ainda hoje há países que não permitem liberdade às mulheres, por motivos religiosos ou sociais, são eles: Índia, Paquistão, Afeganistão, Arábia Saudita, Iraque, Irã, entre outros. Um exemplo disso é da menina paquistanesa Malala Yousafzai, que foi vítima de atentado por parte dos Talibãs, apenas porque queria ter o direito de estudar. Hoje, aos 28 anos, formada e residente na Inglaterra, é uma ativista a nível mundial na luta pelos direitos das mulheres.

Apesar de todas as dificuldades, que são notórias em nossa sociedade, as mulheres mostram-se fortes, com luta e perseverança, avançam a cada dia em suas conquistas, um exemplo é a Lei do Feminicídio que foi sancionada em 2015, aqui no Brasil, que torna o assassinato de mulheres crime hediondo, com penas mais severas.

A cada dia as mulheres seguem conquistando seu espaço na sociedade brasileira, outrora negado por uma coletividade machista e preconceituosa e isso, mostra a capacidade deste ser abençoado por Deus, que é a geradora da vida e provedora de muitos lares, também a responsável pela construção de uma nova sociedade que vem surgindo, embasada nos valores e princípios que só elas possuem.

Portanto, há muito o que comemorar!
Um feliz e verdadeiro: “Dia Internacional da Mulher”.

Prof. Luís Eduardo Souza Fraga – Historiador – fragaluiseduardo@gmail.com

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