Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2024

Home Economia Dólar subiu 0,85% na semana

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Em um dia de moderação no mercado financeiro, a cotação do dólar caiu, mas encerrou a semana com pequena alta. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (18) vendido a R$ 5,375, com queda de R$ 0,027 (0,5%). Com o desempenho, a moeda americana encerrou a semana com alta de 0,85%.

A cotação está distante das máximas observadas no dia anterior, quando a divisa chegou a R$ 5,53 no início do pregão. Em novembro, acumula alta de 4,04%.

A Bolsa de Valores teve mais um dia de perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.870 pontos, com queda de 0,76%. O indicador começou o dia em alta, mas reverteu o movimento no fim da manhã e passou a cair. Na semana, o Ibovespa acumula baixa de 3%.

Mercado

Após o fechamento do pregão desta quinta, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo seguirá cortando gastos e disse, ainda, que haverá uma revisão de contratos federais que podem se apresentar como alternativas de cortes a serem realizados.

As falas de Alckmin vieram após uma carta escrita por economistas de renome no mercado financeiro. Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, Edmar Bacha, ex-presidente do BNDES, e Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, publicaram carta aberta a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que criticam as declarações recentes do presidente eleito sobre responsabilidade fiscal e suas críticas à atuação do mercado.

As críticas de Lula foram feitas durante sua participação na Conferência da ONU para o Clima (COP27) e após o anúncio da PEC de Transição, que tem como objetivo liberar cerca de R$ 175 bilhões além do teto de gastos para arcar com promessas de campanha do presidente eleito – com destaque para a continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600, um benefício extra de R$ 150 para crianças pequenas e o reajuste do salário mínimo.

Além disso, outras duas notícias no campo político agradaram os investidores. A primeira delas é que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, renunciou ao seu cargo dentro da equipe de transição do governo. Já Aloizio Mercadante também falou sobre corte de gastos e a revisão de subsídios.

Para a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, outro destaque desta sexta foi a declaração do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, de que o BC pode reagir se não houver convergência entre política monetária e fiscal.

“Também pesou no mercado a especulação de nomes para o Ministério da Fazenda”, diz. “Nos próximos dias, enquanto tivermos esse cenário de incerteza, tanto do ponto de vista de como será a política fiscal quanto de nomes para o novo governo, o mercado vai continuar bastante volátil”, continua.

No exterior, a maior preocupação do mercado segue sendo a inflação, sobretudo nos países desenvolvidos. Na quinta, James Bullard, dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de St. Louis, afirmou em discurso que acredita que as taxas de juros nos Estados Unidos precisam subir, pelo menos, a um nível entre 5,00% e 5,25% ao ano, para conter o avanço dos preços.

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