Terça-feira, 12 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de novembro de 2024
Após vencer a candidata democrata, Kamala Harris, na última terça-feira (5), nas eleições presidenciais americanas, Donald Trump, se prepara para o seu segundo mandato no comando da Casa Branca. Embora a renovação seja total, ele já está familiarizado com o que precisa fazer.
Trump montou um governo inteiramente novo no primeiro mandato e tem ideias definidas sobre o que fazer diferente agora. Considerada uma das principais arquitetas da vitória do republicano, Susie Wiles foi anunciada por ele como sua próxima chefe de gabinete. Ele também já mencionou outros nomes: o ativista antivacina Robert Kennedy Jr. (RFK) será convocado para “ajudar a tornar a América saudável de novo” e Elon Musk será uma espécie de secretário de “corte de custos”. Mas transição não se trata só de preencher cargos. A maioria dos presidentes eleitos também recebe relatórios de inteligência.
A transição está sendo liderada por amigos e parentes, incluindo RFK e a ex-democrata Tulsi Gabbard, além dos filhos Donald Trump Jr. e Eric Trump e seu companheiro de chapa, J.D. Vance. A equipe de 2016 era liderada por Chris Christie, ex-governador de New Jersey, que foi logo substituído pelo então vice-presidente eleito, Mike Pence.
No início de seu primeiro mandato, Trump montou um gabinete que incluía republicanos tradicionais e líderes empresariais, que acabaram rompendo com ele. Desta vez, ele prometeu valorizar a lealdade, o que pode render escolhas mais alinhadas com suas crenças ideológicas.
Novas regras
Em 2020, Trump alegou que uma fraude eleitoral generalizada – que nunca ocorreu – o havia feito perder a eleição, atrasando o início da transição de Biden por semanas. Quatro anos atrás, a chefe da GSA nomeada por Trump, Emily Murphy, determinou que não tinha autoridade legal para declarar um vencedor na corrida presidencial, pois Trump ainda estava contestando os resultados na Justiça. Isso atrasou o financiamento e a cooperação para o processo de transição.
Somente quando os esforços de Trump para reverter os resultados das eleições fracassaram é que Murphy concordou em “determinar o presidente eleito” e iniciar o processo de transição. Para evitar esse tipo de atraso em futuras transições, o Ato de Melhoria de Transição Presidencial, de 2022, determina que o processo deve começar cinco dias após a eleição.
A intenção é evitar atrasos como em 2000, quando cinco semanas se passaram antes que a Suprema Corte resolvesse a eleição contestada entre George W. Bush e Al Gore.
Isso deixou Bush com metade do tempo normal para gerenciar a transição. Também acabou provocando questionamentos sobre lacunas na segurança nacional que podem ter contribuído para que os EUA estivessem despreparados para os ataques do 11 de Setembro, no ano seguinte.
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